Previdência complementar aberta registra alta de 91,7% em captação líquida até maio deste ano

Alta nesses planos segue puxada pelo aumento de prêmios e contribuições no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior

Fonte: FenaPrevi

Depois de registrar volume recorde de saques — R$ 110 bilhões de março de 2020 a maio de 2021 –, a previdência privada aberta volta a atrair depósitos. Levantamento mensal da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida destaca que o segmento de previdência privada aberta teve 91,7% de crescimento em captação líquida (considerando as receitas menos os resgates do período) de janeiro a maio de 2021, totalizando R$ 11,9 bilhões. Em maio houve alta de 83,7%, chegando a R$ 3 bilhões no mês. Os percentuais se referem à comparação dos mesmos períodos com os dados de 2020. 

“Os números são um bom indicativo para a indústria, pois representam uma retomada gradativa do setor que tem se demonstrado resiliente diante do momento mais desafiador das últimas décadas”, destacou o diretor executivo da Fenaprevi, Carlos de Paula. Segundo ele, “fatores como o histórico investimento na inovação tecnológica e a prontidão da indústria em atender às necessidades imediatas dos participantes têm sido pontos determinantes no sentido de ratificar a importância do setor para a sociedade”. 

A evolução resulta do crescimento de prêmios e contribuições cujo total foi de cerca de R$ 53 bilhões, no acumulado, e de R$ 11,6 bilhões apenas em maio (aumento de 28,6% e de 66,3%, respectivamente). Os resgates ainda registram alta, de 17,4%, totalizando R$ 41 bilhões nos primeiros cinco meses, sendo que no mês de maio o saldo foi de R$ 8,6 bilhões, um incremento de 61%. Ainda conforme os indicadores da Fenaprevi, as provisões técnicas do segmento (valores registrados contabilmente pelas seguradoras e entidades abertas de previdência complementar) somaram R$ 1,03 trilhão em 2021.  

Visão por produtos – Na análise da Fenaprevi estão computados os planos das famílias Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e os tradicionais de acumulação. Nos cinco primeiros meses de 2021, em termos de prêmios e contribuições, os VGBL representaram 91,9% dos planos contratados, vindo depois o PGBL, com 7,2%, e 0,9% dos demais planos. A modalidade de contratação predominante é a individual (87,7%), seguida pela coletiva (10,9%) e pelos planos para menores (1,5%). 

Do ponto de vista geográfico, segundo informações da Fenaprevi com dados da Superintendência de Seguros Privados – Susep, os prêmios e contribuições acumulados estão distribuídos em 61% na região Sudeste, 17% na Sul e 11% na Nordeste. Por fim, o Centro-oeste responde por 8% de representação e o Norte do país por 3%. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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