Lucro das seguradoras recua 47% de janeiro a maio de 2021, mesmo com alta de 19,7% nas vendas do setor

Mais detalhes sobre os balanços das companhias serão conhecidos no início de agosto, quando começa a temporada de divulgação dos balanços semestrais, com Bradesco no dia 3, após o fechamento do mercado

O lucro líquido reportado pelas seguradoras no período de janeiro a maio deste ano foi de R$ 3,5 bilhões, uma queda significativa de 47% comparado com os R$ 6,7 bilhões obtidos nos primeiros cinco meses do ano anterior. A redução acontece num período em que as vendas avançaram 19,7%, para R$ 117,4 bilhões, no mesmo período, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), analisados pela consultoria Siscorp. Segundo o sócio diretor Dawson Henriques, o principal impacto na lucratividade vem do maior volume de indenizações pagas, principalmente no segmento de pessoas, e da queda do resultado financeiro.

Pela primeira vez em anos, a Bradesco Seguros não está no topo do ranking de lucro. Foi superada pelo Banco do Brasil e pela Caixa. Nos primeiros cinco meses deste ano, o lucro da Bradesco foi R$ 648 milhões, uma perda relevante, de 66%, diante de R$ 1,9 bilhão reportado de janeiro a maio de 2020. O Banco do Brasil alçou a liderança do ranking com ganho de R$ 927 milhões, acima dos R$ 832 milhões do mesmo período anterior. A Caixa se manteve em segundo lugar, com ganhos de R$ 820 milhões nos primeiros cinco meses de 2021.

Segundo especialistas, com o resultado do primeiro semestre já dado, as companhias se debruçam nas estratégias para o segundo período do ano para recuperar o resultado e encerrar 2021 com dados mais animadores para a esperada retomada da economia em 2022. Mais detalhes sobre os balanços das companhias serão conhecidos no início de agosto, quando começa a temporada de divulgação dos balanços semestrais, com Bradesco no dia 3, após o fechamento do mercado. O que o dia a dia das divulgações mostra é que a pandemia acentuou a revolução que o setor experimentava nos últimos dois anos com o avanço da tecnologia, com as mudanças no hábito de consumo, com as novas regulamentações e, consequentemente, tudo isso fez com que todos redesenhassem as estratégias para fazer frente a um setor mais inclusivo, em todos os sentidos.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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