Insurtech Easy2Life lança seguro de vida por assinatura e se compromete a agregar valor social à sociedade

A fase atual é da primeira captação de R$ 1,5 milhão junto a investidores-anjo para financiar a consolidação do projeto, aceleração do time de funcionários e do crescimento

A insurtech Easy2Life está a mil por hora para vender seguro de vida para todas as classes econômicas: ricos, classe média e menor renda. Até mesmo os vulneráveis terão acesso ao produto de forma gratuita para que possam avançar nas conquistas mesmo se o responsável financeiro falecer ou se acidentar. “O propósito é ressignificar a relação das pessoas com os seguros ao apresentarmos uma experiência de compra sob medida para cada necessidade, em uma jornada digital, sem atritos, transparente e multi-seguradora”, conta Carlos Alberto Trindade Filho.

O executivo dedicou quase quatro décadas da sua vida ao mercado segurador. Foi um dos fundadores e ex-CEO da Icatu Seguros e vice-presidente da SulAmérica nos últimos 15 anos. Mas mesmo antes de estar apto ao trabalho, ele já acompanhava seguro. “Meu avó trabalhava na área comercial da SulAmérica e desde pequeno aprendo sobre este tema”, contou ele ao blog Sonho Seguro. Se juntou a outros pesos pesados do mercado para agregar experiência ao novo. A insurtech tem um time de primeira linha, incluindo Márcio Zebini, anteriormente executivo de marketing e vendas em grandes empresas como TIM e SKY, e Flávia Guerra, ex-superintendente do Sebrae e líder de grandes projetos, como o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O conselho consultivo é integrado por executivos como Hélio Novaes, ex-vice-presidente da SulAmérica, e Ronald Kalfmann, ex-presidente da Scor Resseguradora.

A insurtech nasceu com aportes de capital feitos pelo próprio Trindade, num plano de negócios que prevê R$ 6 milhões em 5 anos. Agora ele busca investidores para captar cerca de R$ 1,5 milhão junto a investidores-anjo e assim financiar a consolidação do projeto, com a aceleração do time de funcionários e do crescimento nos próximos 12 meses. A previsão é ter 10 mil clientes ao final do segundo ano. Depois disso, está na lista uma captação série A, para complementar os R$ 6 milhões, e a Easy2Life se tornar autônoma.

Um dos conceitos do produto é a versatilidade. Não há um “pacote fechado”. Os valores das assinaturas mensais podem ser de apenas R$ 10 ou chegar a valores mais altos, a R$ 700 ou mais. A plataforma digital avalia a necessidade de seguros das pessoas com base em idade, renda, dependentes (filhos e idosos) e faz uma sugestão, que pode ser alterada pelo internauta durante a cotacao no portal. A ideia parece estar agradando. Os números obtidos até agora superam as expectativas iniciais, com mais de 15 mil acessos ao site da empresa, que começou a ser construída no ano passado. Por enquanto, o produto conta com cobertura apenas para morte e assistências como desconto em farmácias e telemedicina. “Aos poucos, vamos acrescentar coberturas como doenças graves, diárias para internação hospitalar entre outras”, adianta.

Esse modelo de negócios é principalmente focado em parcerias, seja com associações, fintechs, plataformas financeiras ou empresas. O primeiro produto é um seguro de vida individual no conceito de assinatura no Brasil. Atualmente, estão integradas à plataforma, a MAG Seguros e a SulAmérica Seguros de Vida. O fluxo de pessoas na fase de teste surpreendeu. “Imaginamos ficar só no digital. Mas muitos querem falar com um atendente. Estruturado este modelo híbrido, agora começamos a vender para valer, com campanha de vendas e equipe para contatar as pessoas para ajudá-las a irem até o final do processo”, conta.

Neste mês de julho, Trindade conta que a plataforma registrou 4 mil acessos e este número saltou significativamente desde o dia 19, quando a Livelo, uma das parceiras, iniciou uma campanha”, conta. A Livelo, uma das principais empresas de recompensas do Brasil, pertencente aos grupos Bradesco e Banco do Brasil, gerou um programa de benefícios que garante pontos para clientes a cada mensalidade paga. Cada real pago pode gerar até 10 pontos Livelo. “Eles ganham Pontos Livelo todos os meses para trocar por experiências incríveis, ou cashback”, acrescenta Trindade.

Socialmente responsável

A insurtech já entra na era do ESG, sigla para princípios ambientais, sociais e de governança, que ganhou força neste período de pandemia e sinaliza que veio para ficar. Para cada assinatura efetuada e a cada mensalidade paga, a EASY contribui para que famílias em vulnerabilidade financeira tenham acesso gratuito a um seguro de vida. A iniciativa tem a participação do Instituto da Criança, administrado por Pedro Werneck, que conta com uma rede com mais de 600 instituições sociais. Fundado há 26 anos, o Instituto funciona como uma via de aproximação entre pessoas físicas e jurídicas, assessorando empresas e direcionando recursos financeiros, humanos, materiais e conhecimentos técnicos a fim de promover o desenvolvimento social. A ONG brasileira está ranqueada entre as 500 melhores do mundo, e a 4ª melhor ONG do Brasil, segundo o NG Advisor 2020.

Trindade diz que era um “sonho antigo” criar um modelo diferenciado. Antes de por em prática, ele pesquisou o que havia de novo no mundo e encontrou algumas referências, como a da Anorak.life, companhia que tem como lema oferecer o “caminho mais fácil de se contratar um seguro de vida”, e que recebeu investimentos de vários grandes grupos, inclusive do mercado de seguros, como o Grupo AXA, que liderou aportes de 10 milhões de euros no projeto.

A Easy2Life também conversa com grandes grupos da economia de diversas áreas, com seguradoras e resseguradoras. “A pandemia quebrou tabu de não se falar em seguro de vida. Além disso, o crescimento da educação financeira e o amplo uso da Internet no país alavancam ainda mais o projeto. No pós-pandemia, haverá um novo cenário, muito propício a projetos como o da nossa empresa”, conclui Trindade, radiante em ter um projeto como este neste momento da sua vida e do país.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS