O mercado financeiro vive um momento de otimismo com a surpresa do crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, divulgado na semana passada, com uma onda de revisões nas apostas para o ano. Nesta semana, o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central, a projeção mediana para o crescimento do PIB este ano subiu de 3,96% para 4,36%. “Algumas ressalvas importantes devem ser feitas em relação a esse cenário mais positivo das últimas semanas: a primeira é que a situação fiscal ainda é muito delicada e, assim que o “empurrão” da inflação mais alta que o esperado passar, deve voltar a se manifestar com mais intensidade”, comenta Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.
Na última semana o Ibovespa voltou a bater sua máxima histórica e os juros longos tiveram queda, justamente em um momento em que os juros de curto prazo estão sendo elevados pelo Banco Central (a projeção para Selic ao final deste ano manteve-se em 5,75%), o que é um sinal positivo de credibilidade na política monetária. Já o dólar caiu para a faixa dos R$/US$ 5,10, recuperando as perdas de 2021.
Em grande parte, o fôlego da economia foi puxado pelas exportações e pelo boom das commodities, o que ajuda a entender o contrassenso de o Brasil estar em rápida retomada, mesmo diante dos impactos graves da pandemia. “Esse tipo de recuperação “sem emprego” pode alterar o padrão da demanda das empresas, inclusive de seguradoras. Como a economia se recuperou mais rapidamente que o mercado de trabalho e a renda, a demanda por seguros por parte de empresas tem se expandido a taxas mais altas que a demanda por parte das famílias”, acrescenta o economista.
Leia a íntegra do Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas produzido pela CNseg.