Artigo: O passo essencial para as seguradoras de vida

por: Sergio Neves, gerente de clientes para Vida e Saúde da Munich Re do Brasil

O sucesso das seguradoras depende muito de clientes satisfeitos, processos eficientes, canais de venda adequados e margens sustentáveis. A pandemia COVID-19, entretanto, tem trazido muito mais complexidade a essa equação, tornando os últimos meses muito mais frenéticos para a indústria seguradora. Tal fato obriga as companhias a antecipar medidas visando preservar sua operação, manter sua carteira de clientes e otimizar a conversão das novas vendas, em nome da sustentabilidade dos seus negócios.

Um dos impactos mais claramente percebidos é a intensificação da busca por soluções tecnológicas. E é admirável como o setor tem procurado atuar nas diferentes frentes, em especial, na eliminação de processos manuais, simplificação e, especialmente, na digitalização de suas operações.

Tal transformação digital premiará as seguradoras capazes de se mover com maior velocidade em um ambiente em constante mudança. Ganharão terreno as companhias capazes de tirar o máximo de proveito das ferramentas tecnológicas ao seu dispor e assim diferenciarem-se dos seus competidores. Por isso, a escolha de parceiros capazes de oferecer soluções adequadas torna-se um elemento importante nos planos estratégicos.

Nesse contexto, não se pode deixar de mencionar o papel importante que o resseguro pode (e deve) ter nas distintas etapas da cadeia produtiva de uma seguradora. Particularmente no segmento de Vida, a proposta de valor dos resseguradores deve ir além da oferta de capacidade, abrangendo também consultoria em temas técnicos, novos produtos, subscrição de riscos e, porque não, transformação digital.

A resseguradora Munich RE, por exemplo, possui um departamento dedicado ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para automatizar a subscrição de riscos, um processo que passou a ser fundamental para toda e qualquer seguradora de Vida. Unindo a tecnologia com o conhecimento técnico, o ressegurador desenvolveu ferramentas multicanais de subscrição automatizada, que permitem a companhia otimizar a seleção de riscos nos seus atuais canais de venda e também explorar novos canais digitais, sempre avaliando o risco no ponto de venda (PoS) e permitindo a contratação imediata do seguro, sem que o cliente tenha que aguardar pela posterior aceitação manual pela seguradora.

Tal digitalização do processo de subscrição de riscos é uma medida essencial para as seguradoras que pretendem ser protagonistas no mercado de Vida. Ao mesmo tempo em que melhora a experiência dos seus clientes, a subscrição automática gera condições para que a companhia aumente as novas vendas com segurança, atingindo melhores índices de conversão; explore os novos canais de vendas digitais; gerencie adequadamente os custos e a sinistralidade da carteira; e consolide seu contínuo processo de transformação digital, necessitando de menos documentos, exames e provas médicas.

A experiência internacional da ressegradora indica que é possível subscrever digitalmente a grande maioria das propostas recebidas pelas companhias, o que libera tempo para que a equipe de subscrição dedique-se aos casos mais complexos e à melhoria contínua do processo. A tecnologia avançada empregada (Cloud, SAS), pode viabilizar uma integração que não exige grandes recursos de TI.

Além disso, numa realidade em que dados significam poder, a automação da subscrição possibilita que as seguradoras acessem novas e valiosas fontes de informações de seus clientes, o que lhes permitirá promover melhorias contínuas nos produtos ofertados, identificando padrões ou conexões anteriormente não percebidas e variáveis não estudadas. A inteligência artificial não é uma solução per se, mas sim uma parte valiosa do ecossistema de obtenção e de análise de dados, perfeitamente aplicável à subscrição automatizada.

A automação da subscrição é, portanto, uma das etapas mais relevantes no processo de transformação digital de uma seguradora de Vida. Quando bem implementada produz resultados imediatos e permite melhor acesso à rica complexidade da experiência humana, identificando as nuances e as individualidades de seus clientes, e traduzindo tudo isso em produtos e coberturas mais adequados às suas necessidades.

Para as seguradoras que almejam crescer no segmento de Vida, a questão não é ‘se’ mas ‘como’ iniciar tal transformação. A resseguradora Munich RE tem vasta experiência no tema e está disposta a apoiar as seguradoras brasileiras nesse sentido.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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