Caixa levanta R$ 4,35 bi com IPO da Caixa Seguridade

A Caixa Econômica embolsou pelo menos R$ 4,35 bilhões, nesta terça-feira, no IPO (oferta inicial de ações) do seu braço de seguros e previdência. A Caixa Seguridade vai estrear na Bolsa valendo R$ 29 bilhões, após uma transação que sofreu resistência dos funcionários da Caixa e desconfiança dos fundos de investimento, segundo informam as principais mídias. O banco está abrindo mão de 15% do capital da Caixa Seguridade e vendeu as ações por R$ 9,67, segundo gestores que acompanharam a operação. O valor ficou perto do piso pretendido para o IPO, cujo intervalo indicativo ia de R$ 9,33 a R$ 12,67. Assim, a companhia vai chegar à B3 valendo R$ 9 bilhões menos do que no teto dessa faixa. O valor arrecadado pela Caixa pode subir para R$ 5 bilhões caso os lotes adicional e suplementar de ações também consigam ser vendidos. 

Segundo o Valor, a Caixa atraiu quase 150 mil pessoas físicas. Boa parte corresponde a clientes do varejo ou do private do banco e a colaboradores. Esses investidores ficaram com 55% da oferta, ou R$ 2,752 bilhões, o maior volume já registrado num IPO no país. Até então, o recorde em volume era da BB Seguridade, de 2013, quando pessoas físicas entraram com R$ 1,844 bilhão (16% do total). A oferta também atraiu investidores globais. Entre eles, estariam nomes como Goldman Sachs Asset Management, GIC, Pictet, Wellington e Zimmer, de acordo com outro interlocutor. Os recursos irão integralmente para a Caixa.

Com o IPO, a Caixa se desfaz de pouco mais de 15% do capital da holding de seguros. No ano passado, o plano previa a venda de 25% da e havia a expectativa de que a subsidiária fosse avaliada em R$ 60 bilhões, mais ou menos o dobro do valor atual. Por outro lado, o banco conseguiu implementar as parcerias com seguradoras que vão explorar o balcão da instituição financeira, uma demanda dos investidores. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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