Insurtech Coover recebe autorização da Susep para atuar no Sandbox

Seguradora digital inicia sua operação com capital de R$ 1 milhão e licença para atuar no segmento de animais

A insurtech Coover Seguradora recebeu autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para operar dentro do Sandbox pelo tempo determinado de 36 meses. Em ambiente regulatório experimental, a insurtech vai investir R$ 1 milhão para comercializar seguros de danos, no segmento específico de seguro para animais.

Dos 11 projetos que foram habilitados a participar do Sandbox Regulatório, a Komus desistiu e sete foram aprovadas. Além da Coover, Simple2u, da MAG Seguros, ThinkSeg, de Andre Gregori, Flix, de Luis Felipe Barranco, Pier, de Igor Mascarenhas, Emotion e Stone, empresa de meios de pagamentos que se destacou nos últimos anos, já estão a todo vapor no desenvolvimento dos projetos.

Com as autorizações da Susep, a expectativa é que, em breve, as empresas iniciem suas operações e comercializem novos produtos. Os seguros a serem oferecidos incluem tablets, smartphones e dispositivos portáteis; animais domésticos; residência e estabelecimentos comerciais; automóveis; acidentes pessoais; funeral. Haverá oferta de seguros intermitentes, utilizados sob demanda, bem como seguros paramétricos para desastres, de acordo com alertas das autoridades públicas de cada estado. 

Em seu portal, a Coover informa que nasceu com o objetivo de levar mais segurança e estabilidade econômica à milhões de pessoas ao redor do mundo, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde a maior parte da população não possui qualquer proteção contra acidentes e perdas repentinas.

“Nossa iniciativa, Coover, na verdade nasceu como “Mutual.Life“, uma insurtech com a missão de resgatar os princípios e o papel social do mutualismo. Como Mutual Life, os acionistas afirmavam que o grande diferencial da empresa era ser uma plataforma que permite pessoas físicas se organizarem e criarem alternativas mais baratas, mais eficientes e mais confiáveis que os seguros convencionais através da organização de grupos de ajuda mútua, completamente autônomos e desintermediados através da tecnologia Blockchain, com suas políticas e regras de governança distribuída programadas em Smart Contracts cujas ações são aprovadas unicamente pelo voto dos participantes, sem a possibilidade de influência da Mutual.Life nem de qualquer associação ou seguradora.

Eles afirmam no portal ainda em construção, que “há muitos desafios pela frente, mas já nascemos como uma seguradora 100% digital, moderna, pronta para se adaptar rapidamente e para escalar toda a operação à medida em que nossa proposta de valor seja validada e nossos produtos demonstrem aceitação no mercado”, informa.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

1 COMENTÁRIO

  1. Esta é uma inovação disruptiva, mudando do modelo atual de seguradora para modelo de compartilhamento (novo modelo de operação do mutualismo), a exemplo, acho, da Lemonade nos Estados Unidos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS