Fusão da Hapvida e NotreDame Intermédica criam a segunda maior em saúde privada, com receita de R$ 18,2 bi

A oferta inicial era de 10% e ficou acordado no fechamento da transação em 15%

A Hapvida e a NotreDame Intermédica (GNDI) confirmaram no sábado a fusão entre as duas maiores operadoras de planos de saúde do país. O negócio formará um gigante com mais de 13,6 milhões de usuários de convênios médico e dental e receita combinada de R$ 18,2 bilhões.

A Hapvida passa a ter 53,6% da companhia combinada e a Intermédica, 46,4%. O conselho de administração será composto por nove membros, sendo cinco da Hapvida, dois da Intermédica e dois independentes, informa o Valor com base no comunicado do grupo.

Juntas, as duas companhias tornam-se uma das maiores operadoras de saúde do mundo com modelo verticalizado, apoiado em uma rede própria de hospitais, clínicas e laboratórios. Ao todo, o grupo combinado vai contar com 84 hospitais, 280 clínicas e 257 unidades de medicina diagnóstica no país.

A transação depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de análise da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Após negociações que duraram pouco mais de um mês e meio, a GNDI conseguiu melhorar o prêmio pago por suas ações, na relação de troca da fusão. A oferta inicial era de 10% e ficou acordado no fechamento da transação em 15%.

“A relação de troca considera o preço médio ponderado por volume das ações da GNDI e da Hapvida na B3 no período dos 20 dias de negociação imediatamente anteriores ao dia 21 de dezembro de 2020, acrescido de um prêmio de 15% sobre o preço médio de cotação das ações da GNDI no mercado”, informa comunicado emitido nesta madrugada. Esse era o ponto mais difícil do acordo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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