“Investimos em conscientizar a sociedade sobre os riscos e contribuímos com soluções de médio e longo prazos”, diz Roberto Hernández, diretor executivo de Seguros Corporativos da Zurich no Brasil
Como trazer proteção aos clientes diante dos riscos trazidos no 16ª Relatório de Riscos Globais 2021? Essa foi a questão principal da conversa com Roberto Hernández, diretor executivo de Seguros Corporativos da Zurich no Brasil. A seguradora suíça, uma das maiores da Europa e do mundo, foi uma das patrocinadoras do estudo produzido pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a consultoria de riscos Marsh McLennan e as universidades de Oxford, Singapura e Pensilvânia.
Segundo o estudo, no curto prazo (dois anos), além das ameaças de doenças infecciosas – que já apareciam no documento desde 2006 – os riscos de climas extremos, os crimes cibernéticos e a desigualdade digital são outras preocupações mundiais. No médio prazo (5 anos), para os especialistas e tomadores de decisão entrevistados, o mundo corre riscos econômicos de uma bolha de ativos, instabilidade de preços, choques nos preços das commodities e crise de endividamentos. Já no horizonte de 10 anos (longo prazo), segundo os 700 entrevistados, o mundo pode se deparar com os riscos das armas de destruição em massa, Colapso de Estados e, no campo ambiental, as ameaças ambientais causadas pelo homem podem levar à perda da biodiversidade e à falta de recursos naturais.
Certamente não é possível ofertar cobertura para todos os riscos. Pandemias, por exemplo, são uma das exclusões de quase a totalidade dos contratos negociados pelo mercado segurador, como uma forma de preservar a solvência das seguradoras. Assim como catástrofes naturais. “Os contratos são negociados caso a caso. Há regiões muito expostas onde as coberturas tem um custo elevado. Em outros, a prática do setor é formar um consórcio com a participação do governo”, explica.
Já o seguro para proteger as empresas das perdas causadas por riscos cibernéticos tem apresentado um crescimento significativo. Em 2020, o seguro cibernético totalizou com prêmios 434% maiores, comparados a 2019. “O resultado é fruto do nosso posicionamento, de sermos líderes de mercado ao ofertar aos clientes segurança de dados e de ter um produto sob medida para os clientes. Nossos especialistas são treinados para avaliar riscos, sugerir medidas de mitigação e prevenção. E esta estratégia tem se mostrado vencedora”, comentou.
As pequenas e médias empresas, segundo ele, não entendem muito o risco de ter uma companhia funcionando. “Investimos em conscientizar a sociedade sobre este risco que pode gerar multas, responsabilidade de indenizar terceiros, e processos judiciais. Ainda há muito o que fazer, mas o setor tem crescido.
No tema “eventos extremos”, a Zurich tem uma linha de produtos e serviços que permite dar suporte aos segurados. Em 2020, foram centenas de indenizações pagas para clientes que tiveram perdas com inundação em São Paulo e Rio de Janeiro. O ciclone bomba no Sul do país causou estragos significantes e nossos clientes puderam contar com nosso apoio, como, por exemplo, a instalação de geradores de energia para evitar uma perda maior”, citou o executivo.
E não é só com produtos e serviços que o grupo Zurich contribui para a sustentabilidade das empresas. O grupo quer evitar que o planeta sofra e que as consequências potencialize os riscos para todos. “Há dois anos, o grupo Zurich assumiu diversos compromissos mundiais e locais, pois quer ser um dos grupos mais responsáveis e de maior impacto do planeta”, disse. Mundialmente, o grupo vem renovando investimentos parrudos em ações importantes. Em 2012, o compromisso foi investir US$ 2 bilhões em títulos verdes. Em 2017, fez uma nova aliança com o planeta ao renovar por cinco anos seu compromisso de investir US$ 5 milhões até 2022. O montante equivale à compensação de 5 milhões de emissões de CO2.
No Brasil, há uma série de iniciativas, como descarte ecológico de equipamentos domésticos, pagamento 100% digital às oficinas de sua rede credenciada de seguro auto e logística reversa de smartphones e itens de informática são as principais práticas sustentáveis.
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