Semana começa agitada, mas nem tudo é negativo no horizonte, pondera economista da CNseg

A projeção para o IGP-M este ano subiu de 6,97% para 8,02% e, para o IPCA, subiu de 3,62% para 3,82%

A semana começa agitada, mas ainda é cedo para ter uma noção clara dos efeitos da intervenção do Palácio do Planalto em assunto da Petrobras, com o anúncio, na sexta-feira, 19, sobre a substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna na presidência da estatal. Como era de se esperar, a notícia trouxe forte impacto para o mercado financeiro nesta segunda-feira. As ações da Petrobras apresentavam uma queda que chega à casa dos 20%.

Tais mudanças ainda não estão refletidas no boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, com dados colhidos até a última sexta com analistas do mercado pelo Banco Central. “É preocupante esta notícia da Petrobras. Os papéis das empresas estatais provocaram a forte queda do Ibovespa nesta manhã, o real se desvalorizou em relação ao dólar e os juros futuros voltaram a ficar mais pressionados com o aumento da aversão ao risco no País”, comentou o economista Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.

Mas, por outro lado, cita o economista, temos outras notícias que sinalizam que o governo está mais focado em resolver os problemas fiscais, uma grande preocupação. “A sinalização positiva de Arthur Lira, presidente do Congresso Nacional, da volta do auxílio emergencial com um mínimo de preocupação com a questão fiscal é uma boa notícia, inclusive diante da previsão de que sem quase 30 milhões de pessoas sejam rebaixadas para a linha de extrema pobreza”, acrescenta. As medidas – tais como a proibição de aumentos do funcionalismo público até o final do ano que vem – seriam suficientes para cobrir o custo estimado de R$ 30 bilhões do novo auxílio, mais focado e com valor reduzido (com quatro parcelas de até R$ 250), traz a análise da CNseg. 

Outro destaque da semana está no mercado americano, com um potencial retorno de taxas de inflação mais altas nos EUA, que poderia levar a uma alta de juros mais precoce e mais intensa naquele país, ainda que não haja clareza quanto a isso, porém que afetam o Brasil com mudanças no preço das commodities, pressão sobre o real, taxas de juros e inflação”, enumera Simões.

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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