Mitsui Sumitomo fecha parceria com C6 para seguro de pequenas obras

Produto será ofertado pelo corretor da loja varejista no momento da compra do material de construção

A Mitsui Sumitomo inicia 2021 debruçada num seguro inovador que será ofertado pelo C6 Bank, o banco digital criado há dois anos por ex-executivos do BTG Pactual. “Estamos muito otimistas com esta parceria, que começa com um projeto para levar um produto inovador de Pequenas Reformas aos varejistas de materiais de construção”, disse Hélio Kinoshita, vice-presidente da Mitsui Sumitomo, maior seguradora da Ásia e integrante do 8° maior grupo segurador do mundo.

Fundado há dois anos, o C6 tem sede em São Paulo, um banco nas Ilhas Cayman, uma corretora em Nova York e outra em São Paulo, uma empresa de pagamentos PayGo, a plataforma de seguros Som.us, a desenvolvedora de aplicações de pagamentos Setis e a edutech Idea9. Com 4 milhões de clientes, 1,4 mil empregados, 325 consultores empresariais e 12 mil correspondentes bancários e cerca de R$ 5,3 bilhões em ativos, o banco quer ser completo e realizar a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2021.

Fabio Basilone, que lidera há um ano a transformação de seguros no C6, afirma que a atuação do banco em seguros é também inovadora. “O banco tem o cliente como foco e descarta atuar como bancassurance. Estamos debruçados na curadoria do que será ofertado ao cliente e teremos parceiros que agregam tecnologia e produtos inovadores, na hora certa, a um preço justo”, afirmou ao blog Sonho Seguro.

“Não adianta ser rápido e ser caro. Tem de realmente agregar valor e a proposta da Mitsui Sumitomo agregou em tecnologia, inovação e preço”, disse Basilone

Basilone conta que ficou surpreso com o retorno da concorrência aberta para selecionar parceiros em seguros. “Tivemos na primeira rodada de conversas mais de 50 empresas do setor, incluindo seguradoras, empresas de assistências e resseguradores. Esperávamos umas 15. Já selecionamos algumas, entre elas a Mitsui Sumitomo, que nos traz tecnologia para as soluções que precisamos. Não adianta ser rápido e ser caro. Tem de realmente agregar valor e a proposta da Mitsui Sumitomo agregou em tecnologia, inovação e preço”, disse.

Trata-se de um produto realmente inovador. Quem comprar itens em qualquer uma das 1,5 mil lojas de material de construção credenciadas na rede de pagamentos PayGo, do C6, vai receber uma oferta de seguros para pequenas reformas garantido pela Mitsui Sumitomo. O seguro garante danos físicos e de responsabilidade civil.

“Um cliente leva mil tijolos para levantar um muro e sai da loja com um seguro para indenizar terceiros caso durante a construção o muro desabe e danifique um carro, por exemplo. Além disso, o material de construção danificado será reposto pelo seguro. Isso é inovador. O cliente não sabe que existe essa possibilidade de proteção e sai da loja protegido com uma apólice que vai indenizar o dono do veículo e a ele próprio. É uma nova era. O seguro chega ao consumidor na hora que precisa. Até hoje não tínhamos no Brasil produtos simples assim para vender em escala”, afirma Basilone, que atua no mercado segurador há mais de 30 anos.

A oferta será feita no pagamento da compra e será administrada pelo corretor do varejista. A startup do C6, a Edutch, será responsável pelo treinamento dos vendedores, para que eles façam uma oferta consultiva e consciente aos clientes, garante Basilone. Segundo ele, o corretor é parte da estratégia. “O mercado tem potencial de crescimento, porque a penetração do produto é baixa. Ao mesmo tempo, é um mercado em que a tecnologia ainda não redesenhou totalmente a oferta e este é uma grande oportunidade para o corretor apresentar outras soluções e aumentar a rentabilidade da carteira”, acrescentou Basilone.

“Estamos preparados para atender demandas inovadoras e levar soluções para bancos, fintechs, startups, marketplaces que buscam produtos modernos, com pagamento por uso. Neste caso do C6, o seguro protege o dia a dia da obra, o empreiteiro e o cliente, que compram de picadinho. A cada esta da compra ela terá um valor de cobertura e saberá exatamente o que comprou. São coberturas pequenas. Assim a cada etapa se compra uma cobertura básica para o momento da obra e se tiver acidentes, recebe a indenização da mesma forma com que comprou, de forma simples e ágil”, finalizou Helio.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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