A mediana das projeções do mercado para a economia brasileira em 2020 foi para recuo menor, de 4,40% para 4,36%, conforme o Relatório Focus, do Banco Central, divulgado hoje
2021 começa com os casos de Covid-19 crescendo em todo o mundo. No Brasil, há risco de expressivo aumento dos casos, após as festas do fim de ano. Porém, enquanto nos EUA e países da Europa há calendários de vacinação e novos pacotes emergenciais de auxílio para mover a economia, no Brasil o pequeno espaço fiscal restringe auxílios adicionais. “A virada do ano-calendário não representa nada para a pandemia, mas no Brasil representa o fim ou redução de diversas medidas de estímulo que garantiram uma queda mais suave do PIB em 2020, cuja projeção esta semana melhorou de -4,40% para -4,36%. Preocupam o fim do auxílio emergencial, a retirada da maior parte dos importantes estímulos ao crédito direcionado feita pelo Banco Central e o vencimento dos prazos de programas de manutenção de empregos que foram fundamentais na manutenção de muitos empregos formais”, comenta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.
“Cresce o consenso de que sem vacina não há solução. A economia, especialmente os serviços, não volta a operar plenamente sem isso”, acredita Simões. “2021 carrega uma sombra de incertezas a respeito de praticamente tudo que importa, da política à economia”. A boa notícia, destaca o economista, é que o Brasil poderá se beneficiar de um crescimento global mais forte com o aumento de preços de commodities exportadas pelo País e dos fluxos de capital. “Mas para isso é preciso que haja uma definição sobre quando e como iniciaremos a vacinação e isso não deve reduzir o senso de urgência das reformas”, afirma.
Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.