2021 e seus riscos pouco seguráveis

Este será um ano de muito gerenciamento de risco e seguro para o que for possível, como perdas por ataques de hackers e seguro garantia para contratos de energia, por exemploJá riscos que envolvem a pandemia certamente serão excluídos por opcao ou pelo elevado preço da cobertura

A Eurasia — uma das maiores consultorias de risco político do mundo — acredita que ainda é cedo para se criar expectativas para 2021, que deve ser atormentado por riscos tanto para a estabilidade quanto para o crescimento da economia global. 

  • O primeiro deles vem dos EUA. A Eurasia acha que o cenário-base será de polarização política e desalinhamento global. 
  • Segundo: Covid por um tempo maior do que todos previam. 
  • Terceiro: transição energética. Os compromissos de redução de emissões de gás carbono ganharão uma relevância ainda maior no mundo este ano. Será marcada por uma competição acirrada entre os países e por uma falta de coordenação global — com todas as consequências que isso traz. 
  • Quarto: tensão EUA/China. 
  • Quinto: Protecionismo. A Eurasia acredita que 2021 será marcado por um crescimento no protecionismo dos governos em relação aos dados de sua população. 
  • Sexto: Os conflitos cibernéticos vão criar riscos tecnológicos e geopolíticos sem precedentes. 
  • Sétimo: Turquia. A Eurasia acredita que a solução que o país adotou foi apenas um band-aid que não vai resistir ao longo de 2021. 
  • Oitavo: Primavera árabe. A Eurasia acredita que o preço do barril vai continuar baixo, mantendo a pressão em governos que já enfrentavam instabilidade mesmo antes da covid. “Muitos desses países terão que cortar despesas, prejudicando um setor privado ainda nascente e aumentando o desemprego, e os protestos devem se intensificar, reduzindo o ritmo das reformas.”
  • Nono: Sem Merkel. Angela Merkel agora deve focar em garantir a vitória para seu partido nas eleições de setembro, deixando Emmanuel Macron sozinho no centro do palco da Europa. “O presidente francês não terá a mesma capacidade de liderar a UE, e a região enfrentará muitos desafios”, comenta a Eurasia.
  • Décimo: América Latina. Os problemas começam com a demora na vacinação. Quando a América Latina finalmente emergir da pandemia, vai enfrentar problemas políticos, sociais e econômicos ainda maiores que antes da crise. O Oriente Médio é obviamente o maior perdedor do mundo na crise do coronavírus. Mas a América Latina é claramente o segundo, afirma a Eurasia. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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