Webinar da Susep, com participação da CNseg, promove a educação securitária como fator de proteção inclusiva e de melhores escolhas do consumidor
As seguradoras têm ampliado seus esforços na busca por oferecer produtos mais adequados para as necessidades dos consumidores. “O setor é sensível à variação da produção, emprego e da renda, e por isso é impactado em momento de crise, a exemplo do atual, em que a massa salarial da população caiu 5,9%”, citou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano na manhã do dia 25, no webinar “O papel do regulador e do setor de seguros em tempos de crise”, promovido pela Susep, dentro da 7ª Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF).
O evento teve início com Coriolano, que apresentou um panorama da CNseg e do setor segurador, que em 2019 movimentou R$ 489 bilhões e possui R$ 1,4 trilhão em reservas, fazendo dele, individualmente, o maior gerador de poupança interna no Brasil. Também participaram do painel o diretor de Supervisão de Conduta da Susep, Rafael Scherre; o Coordenador-Geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas do DPDC/SENACON, Leonardo Albuquerque Marques; e a sócia da consultoria em seguros e resseguros Demarest, Marcia Cicarelli, que atuou como moderadora.
O presidente da CNseg exibiu gráficos e dados que mostram a força e resiliência do setor nos últimos 10 anos, independente dos cinco ciclos econômicos que associou, chegando hoje a uma participação de 6,7% do produto nacional, o que também ajuda a alavancar a economia.
Segundo sua avaliação, apesar da diminuição da renda, os consumidores estão mais conscientes de seus direitos e exigentes. Para isso, ele defende um esforço para permitir que a vasta gama de material produzido sobre educação securitária possa chegar ao grande público. Citando o presidente do Banco Central na sua abertura da 7ª Semana ENEF, disse que “conteúdo sobre os seguros já temos muito, e o desafio crítico agora é fazê-lo chegar aos públicos que interessam”, pedido que haja uma “coalizão” entre o regulador, as empresas e o sistema de proteção do consumidor para esse objetivo.
Coriolano afirma que este é um dos temas estratégicos da CNseg. O Programa de Educação em Seguros, além de já ter produzido muito material impresso em forma de livretos, cartilhas e outras publicação, também possui uma rádio, a Rádio CNseg, que desde a sua inauguração em 2016, já produziu mais de 1.600 programas e 80 horas de conteúdo.
Segundo Coriolano, o setor tem cinco desafios e providências: o ambiente da demanda por seguros; a experiência do novo cliente; a comunicação do setor com a sociedade; o ambiente competitivo; e o ambiente econômico geral e setorial. Com o resumo, buscou esclarecer que, ao mesmo tempo em que o momento histórico muda e mudará paradigmas de toda a ordem do setor de seguros, este já demonstrou estar prepararado para a retomada do desenvolvimento da proteção securitária.
O Coordenador-Geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas do DPDC/SENACON afirmou que o seguro não é um luxo, como alguns consumidores ainda enxergam, sendo essencial para o gerenciamento dos riscos que ocorrem durante a vida das pessoas. Leonardo Marques disse entender, porém, que essa percepção vem mudando e amadurecendo e, hoje, muitos já veem o seguro como um instrumento para reduzir as margens de incerteza na vida.
O papel do regulador – Afirmando que o papel do regulador dentro do novo marco regulatório em discussão na Susep é muito alinhado aos objetivos do Programa de Educação em Seguros, o diretor de Supervisão de Conduta da Susep afirmou que esse marco tem, entre suas principais funções, fomentar a concorrência e a inovação no setor. Tudo com foco no consumidor.
Para isso, a Susep tem atuado na simplificação dos produtos e na redução do estoque regulatório, o que tem permitido flexibilizar a capacidade de negociação das seguradoras nos segmentos que apresentam menos problemas regulatórios.
Outra importante ação destacada por Rafael Scherre foi a adesão ao Consumidor.gov que, em breve, passará a ser o único canal para a autarquia receber reclamações de consumidores sobre o setor. Ele também destacou a atuação da Susep no que chamou de “protection gap” de grande parcela da população que não tem nem mesmo os seguros mais básicos. Para isso, porém, além de uma maior flexibilização dos microsseguros e seguros inclusivos, Rafael defende um esforço para tornar seu entendimento ainda mais fácil por meio da utilização de novas tecnologias e linguagem mais simples.
A 7ª Semana Nacional de Educação Financeira ocorre entre os dias 23 e 29 de novembro, com a promoção de diversas ações educacionais gratuitas, por meio virtual, com o objetivo de disseminar a educação financeira, securitária, previdenciária e fiscal, por parte de diversas instituições públicas e privadas.
Em 2019, a iniciativa realizou cerca de 14 mil ações, alcançando mais de 70 milhões de pessoas. Em 2020, a exemplo dos anos anteriores, a CNseg está profundamente envolvida no projeto e realizará ao longo dessa semana, em parceria com as Federações associadas, uma série de matérias especiais veiculadas pelo SeguroCast da Rádio CNseg sobre fundamentos do seguro.
Confira abaixo o calendário a lista de podcasts, que podem ser acompanhados pela Rádio CNseg (radio.cnseg.org.br) e pelos principais agregadores como Spotify:
- 23/11 – Seguro Residencial [FenSeg] – Jarbas Medeiros (Presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados) e Magda Truvilhano (Membro da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados)
- 24/11 – Seguro Garantia Estendida [Fenseg] – Luis Reis (Presidente da Comissão de Garantia Estendida)
- 25/11 – Títulos de Capitalização[Fenacap] – Carlos Alberto Corrêa (Diretor-executivo da FenaCap)
- 26/11 – Plano de Previdência [FenaPrevi] – Sandro Bonfim (Membro da Comissão de Produtos por Sobrevivência)
- 27/11 – Saúde Suplementar [FenaSaúde] – Vera Valente (Diretora-executiva da FenaSaúde)
- 28/11 – Seguro Auto [FenSeg] – Walter Pereira (Presidente da Comissão de Automóvel)
- 29/11 – Seguro de Pessoas [FenaPrevi] – Ana Flavia Ferraz (Presidente da Comissão de Produtos de Risco)