Depois de um escândalo que quase derrubou a empresa criada há 80 anos, a nova gestão do IRB saneou sua contabilidade em um prazo recorde. Daí vieram relatórios negativos que surpreenderam pequenos investidores. Eles suspeitam de manipulação
O jornalista Marcos Strecker, da revista IstoÉ história, conta que o IRB Brasil Re, empresa que já teve o monopólio no setor de resseguros, tem se mostrado um caso exemplar das fragilidades do mercado de capitais e das dificuldades das companhias de capital aberto em se reerguerem. As ações do IRB estiveram entre as mais comentadas da B3, a Bolsa brasileira, até o início deste ano. Até que estourou um escândalo de má gestão que derrubou os seus papéis.
Uma nova administração, tendo à frente Antônio Cássio dos Santos, ex-CEO do Grupo Generali, focou a partir de março na limpeza do balanço, na transparência e no reforço do compliance. Em um período muito curto, conseguiu reverter as expectativas, numa ação bem-sucedida que culminou com um aumento de capital de R$ 2,3 bilhões, com aportes de sócios como Bradesco e Itaú.
Esse esforço foi reconhecido. Mesmo que as ações tenham vivido uma montanha-russa, pequenos investidores apostavam que os papéis refletiriam o novo momento, apesar de levarem um tombo de 80%. Isso ocorreu até que novas turbulências surgiram, especialmente quando o banco UBS BB lançou um relatório pessimista que surpreendeu o mercado no início de outubro. Foi uma mudança total de visão. Em janeiro, antes de o escândalo estourar, o UBS aumentou o preço-alvo das ações para R$ 50 e reiterou sua recomendação de compra. Porém, em 5 de outubro, o UBS BB (denominação após a parceria com o Banco do Brasil) passou a recomendar a venda das ações, que desabaram 17,11% em um único pregão. Apontou um preço-alvo de R$ 4,60, bem abaixo do valor negociado, o que provocou uma movimentação atípica dos papéis.
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