As projeções de inflação se aproximam mais rapidamente do centro das metas estabelecidas pelo CMN
A grande expetativa entre os indicadores desta semana está na divulgação dos dados do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, destaca Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. “Mesmo que o crescimento não seja muito diferente do esperado, o número do terceiro trimestre pode vir acompanhado de revisões importantes em trimestres anteriores”, afirma. Dados da produção industrial também estão no radar dos analistas e economistas.
No boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, as projeções continuam a melhorar marginalmente indo de -4,55% para -4,50%. Para 2021, mais um ajuste marginal, de 3,40% para 3,45%, ressalta o economista. “Mesmo assim, continuamos a reforçar que o crescimento no ano que vem é muito modesto ao considerar o carregamento estatístico. Será desafiador superar o cenário fiscal muito complicado, juros futuros em alta, mercado de trabalho fragilizado e uma situação ainda incerta em relação à dinâmica da pandemia por aqui”, diz.
As projeções de inflação seguem subindo. Simões destaca a alta para 3,65%, antes 3,56% do IPCA entre os analistas que atualizaram suas projeções na última semana. “As projeções de inflação se aproximam mais rapidamente do centro das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, entre 4% e 3,75%, respectivamente, e isso faz com que algumas casas projetem aumento significativamente maior da taxa básica de juros ao longo do ano que vem”, ressalta.
Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.