Susep simplifica regras para seguro patrimonial

Iniciativa visa flexibilizar a regulação e desenvolver o mercado, tornando-o mais competitivo e transparente

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou, hoje (06), consulta pública sobre a minuta de circular que simplifica as normas que dispõem sobre regras e critérios para a operação de seguros do grupo patrimonial. A iniciativa é parte da ação que a Susep vem empenhando para revisar e consolidar seu arcabouço normativo, conferindo, assim, maior eficiência e transparência na regulação do mercado, conforme estabelece o Decreto nº 10.139/2019. A proposta está alinhada e dá continuidade à Consulta Pública nº 16/2020, que trata da flexibilização regulatória dos seguros de danos massificados.

São tratados na minuta de circular os seguros compreensivos residencial, empresarial e condomínio, seguro de lucros cessantes, seguro de riscos de engenharia e seguro de riscos diversos. Este mercado somou, em 2019, um volume de prêmios de R$ 10,1 bilhões, o que corresponde a 62% dos prêmios emitidos no grupo patrimonial ou 18% do total de prêmios emitidos no mercado de seguros de danos massificados.

Segundo a Coordenadora-geral de Regulação de Seguros Massificados, Pessoas e Previdência da Susep, Mariana Arozo, o novo normativo é menos prescritivo do que as normas de origem, visando tornar mais flexível a operação nos seguros patrimoniais: “O que se pretende é viabilizar maior diversificação de produtos, evitando sua padronização e eliminando restrições existentes nas normas em vigor, de forma que haja ampliação de oferta de produtos que possam atender melhor aos interesses e necessidades dos consumidores”, explica Mariana.

Uma das principais medidas é a revogação do plano padronizado de seguros compreensivos, permitindo que as seguradoras desenhem seus produtos conforme a necessidade de seus clientes, o que também facilita o processo de inovação no setor.

Com isso, a Susep busca estimular a competição, tornar o mercado mais transparente, inovador e ampliar o acesso de consumidores e novas empresas: “A proposta em consulta pública busca reduzir restrições, trazendo mais liberdade, reduzindo carga regulatória e burocracias desnecessárias. Mais flexibilidade permite a estruturação de produtos diversificados e mais apropriados às necessidades dos consumidores”, afirma Rafael Scherre, diretor da Autarquia.

A Consulta Pública ficará aberta para sugestões até o dia 5 de novembro e pode ser lida na íntegra pelo link.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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