Sincor Digital – presidentes das seguradoras discutem ameaças e oportunidades diante das tecnologias

Fonte: Comunicação Sincor-SP

O painel “Seguradoras, Big Techs e Customer Experience – Presidentes, e agora?” trouxe os presidentes Carlos Magnarelli, da Liberty Seguros, Eduard Folch, da Allianz, José Adalberto Ferrara, da Tokio Marine Seguradora, Luís Gutiérrez Mateo, da MAPFRE, Murilo Riedel, da HDI Seguros, e Roberto Santos, da Porto Seguro, para debaterem sobre os impactos das tecnologias no mercado de seguros, durante o Sincor Digital – Conectando o Mercado de Seguros. A palestra teve mediação da 2ª vice-presidente do Sincor-SP, Simone Martins.

Diante da pergunta big techs vão tirar o sono do mercado de seguros? É uma ameaça ou oportunidade?, os painelistas ficaram divididos com a resposta. O presidente da Allianz, Eduard Folch, acredita que empresas como Google, Amazon e Facebook, têm a vantagem de saber lidar com o consumidor. “Essas empresas estão constantemente entendendo o que o cliente quer e fazendo mudanças para se adequar a isso. Apostam na personalização, se adaptando com cada perfil e experiência do usuário”, declara.

Para o presidente da HDI Seguros, Murilo Riedel, as big techs não são, necessariamente, concorrentes, mas empresas complementares para a distribuição de seguros. “Tais empresas têm muito mais interesse em uma plataforma geradora de anúncios do que num produto, por exemplo. Acredito que é um instrumento importante para o entendimento comportamental do cliente e como podemos utilizar isso em produtos e serviços”.

Já o presidente da Liberty Seguros, Carlos Magnarelli, acredita que não existe risco de as big techs concorrerem com o mercado de seguros, visto que o setor é altamente regulado. “O seguro é um produto de muitas transações e essas empresas não têm estrutura para um pós-venda. O contrato tem que ser explicado para o cliente, detalhadamente. É muito difícil para essas empresas vender um produto tão transacional quanto um seguro”, aposta.

O presidente da Porto Seguro, Roberto Santos, compartilha da opinião e acrescenta:
“O que tem nas big techs? Nada tangível. Tem criação, cérebro, sistemas, o que é muito diferente da nossa atividade. Não vejo o mercado de seguros como atrativo para eles. A ameaça é que, se a gente não ocupa todos os espaços, eles entram e reduzem o escopo dos nossos negócios”, acredita.

Segundo Aldaberto Ferrara, presidente da Tokio Marine Seguradora, seguro não é commoditie. “Para contratar um seguro é preciso consultoria, um aconselhamento financeiro. Certo ou errado, nós vamos conviver, e já estamos convivendo a muito tempo, com novos ecossistemas que estão sendo criados e temos que nos adaptar a esses ambientes”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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