Pesquisa da MetLife destaca a nova realidade da vida profissional e pessoal das pessoas

O estudo com quase 3 mil colaboradores foi realizado pela MetLife em duas etapas (pré e pós pandemia) e analisou as mudanças e tendências em suas rotinas  

Fonte: MetLife

A pandemia trouxe à tona diversos desafios na maneira como as empresas se comunicam e se relacionam com seus colaboradores, principalmente para a área de Recursos Humanos. Para ajudar a traçar os melhores benefícios oferecer aos tomadores de decisões das companhias um modelo de ações práticas para este novo momento, a MetLife lançou a 18° edição do Estudo de Tendências de Benefícios 2020, que foi realizado com colaboradores dos Estados Unidos.  

“Este estudo, traz um grande insight em relação a maior preocupação do século XXI, a saúde mental. Vemos uma tendência no comportamento dos colaboradores de esgotamento físico, mental e propensão da falta de engajamento e motivação no trabalho por conta da alta velocidade exigida pelo mundo moderno, e ainda pelo desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Contudo, é importante ressaltar o papel essencial das empresas em promover cada vez mais iniciativas e ações em prol da saúde e bem-estar dos colaboradores, além do cuidado e preocupação em garantir este equilíbrio com iniciativas de horário flexível e espaço para organização da vida pessoal. ”, explica Ramon Gomez, VP Employee Benefits.

“Além de gerar cada vez mais engajamento e motivação dentro das empresas com pessoas conectadas a propósitos e seguras do ambiente em que estão inseridas, é importante perceber que as empresas serão cada vez mais demandadas a encontrar soluções e benefícios que façam sentido para a vida de seus colaboradores e que auxiliem cada um deles a encontrar o equilíbrio necessário entre a vida pessoal e profissional, e ainda, um cuidado especial com educação financeira e saúde mental para gerar valor e resultados voltados a baixo turnover e satisfação no trabalho.”, conclui o executivo.  

Metodologia 

Para garantir maior assertividade nos resultados, o levantamento foi dividido em duas etapas:  

A primeira, também dividida em duas fases, realizada antes da pandemia, em agosto do ano passado, com 2.501 tomadores de decisão e influenciadores de benefícios e, posteriormente, com 2.650 colaboradores em período integral, com 21 anos ou mais, em setembro, sempre com empresas de no mínimo dois colaboradores.  

Já a segunda etapa, consistiu em 2.367 entrevistas, utilizando os mesmos critérios, mas realizada em abril de 2020, já em meio à pandemia do Covid-19. 

Vida Equilibrada: o funcionário holístico 

Entre os principais apontamentos, na pré-pandemia, constatou-se que 4 em cada 10 funcionários afirmaram que têm dificuldades para encontrar formas de atender às demandas e velocidade do mundo atual pessoal e profissionalmente. Já na segunda fase da pesquisa, quando a pandemia se iniciou, 7 em cada 10 funcionários afirmam que o momento afetou e acelerou ainda mais as rotinas.  

Ainda neste contexto, 60% dos colaboradores afirmaram não conseguir equilibrar vida pessoal e profissional, sendo apontados os seguintes sentimentos quanto à velocidade e falta de tempo para os afazeres do dia  a dia: cansaço (50%), tensão (50%), esgotamento mental (43%), desmotivação (34%) e depressão (28%). Estes profissionais destacaram também que as principais causas para estes sentimentos foram as finanças pessoais (34%), trabalho (32%) e saúde pessoal/familiar (19%).  

Essas tensões e desafios afetam negativamente a eficiência dos colaboradores no trabalho e causa impactos nos resultados comerciais, uma vez que preocupações pessoais podem levá-los a falta de engajamento e atenção nas atividades do trabalho. Além disso, a pesquisa mostra que os colaboradores, mais do que nunca, estão se preocupando com o bem-estar de forma completa e que estabelecem como compromisso da empresa, a possibilidade de construir uma rotina equilibrada e benefícios que auxiliem na organização do dia a dia e da melhor utilização do tempo em prol do bem-estar.”, afirma Ramon  

Nesta linha, existem fortes fatores que comprovam o benefício do complemento entre a vida pessoal e profissional, 62% dos funcionários acreditavam, já antes da pandemia, que essa combinação tinha um impacto positivo em suas vidas. Mesmo assim, metade dos funcionários (50%) questionados concordaram que a tecnologia moderna dificulta se desligar e não pensar sobre o trabalho e por isso, encontram-se em um desafio constante de equilíbrio entre os âmbitos de sua vida e sua saúde.  

Insegurança Financeira prejudica o local de trabalho 

A preocupação com as finanças, ainda mais em momentos de instabilidade, afeta diretamente o dia a dia e o desenvolvimento dos funcionários Dentre as preocupação dos colaboradores, 74% se preocupam com o cuidado de aspectos voltados para seu bem-estar, afetados em consequência do momento atual (financeiro, social, mental e físico). Destes dados, a maior preocupação, se fosse motivo de escolha, seria o aspecto financeiro para 52% e, para 44%, a saúde mental, social e física, respectivamente.  

Neste cenário, e como observado, as empresas são cada vez mais demandadas a oferecer informação, dicas e auxílio na saúde e educação financeira de seus funcionários. 76% dos empregados afirmam que se sentem satisfeitos com ações da empresa voltada para educação e saúde financeira, apesar de 59% dos entrevistados ter alegado nunca ter recebido esse tipo de iniciativa por parte de seu empregador.  

“Vemos mais do que nunca a importância de falarmos em todos os canais sobre proteção financeira e educação financeira. Sabemos que a população tem carência no tema e a pandemia despertou um novo interesse das pessoas em se planejar e cuidar do futuro e daquilo que é importante para elas, por isso, ações e formas de benefícios voltados para educação e planejamento geraram valor e engajamento dos colaboradores neste momento”. Completa Ramon Gomez 

Bem-Estar, uma grande oportunidade 

Os apontamentos do estudo mostraram que, no cenário atual, os profissionais estão enfrentando desafios inéditos, o que tem causado ainda mais tensão e incerteza para 2 em cada 3 colaboradores. Entre as principais causas estão contrair o vírus, um amigo ou familiar contrair o vírus e o distanciamento social. Na prática, cerca de 50 milhões de trabalhadores nos Estados Unidos, se sentem cansados, tenso e/ ou esgotado mentalmente no trabalho. 

Destes, os principais relatos estão focados em queixas como: cansaço (34%), tensão (34%), esgotamento mental (27%), desmotivação (22%), distração (19%), depressão (17%).  

Já com o olhar para a saúde dos funcionários, 59% afirmaram que seus empregadores ofereceram programas de benefício e bem-estar durante a pandemia.  Este apoio das empresas refletiu para 66% dos colaboradores, que se sentiram mais valorizados e reconhecidos ao trabalhar durante o início da pandemia do COVID-19, sendo que antes apenas 56% reconheciam as iniciativas das empresas dessa forma. Além disso, um tema levantado que deve ter a atenção no estudo é de 61% dos funcionários gostariam de poder personalizar seu pacote de benefícios para cada momento de suas vidas.  

“É fato que a saúde e bem-estar são temas de extrema relevância no cenário atual e estamos falando de uma geração que se preocupa com a saúde e por consequência com o futuro e isso faz com que as empresas tenham que se reinventar cada vez mais para criar um pacote de benefícios que atenda às necessidades do mundo atual e das rápidas mudanças que ele sofre dia após dia.” Finaliza Ramon. 

Pesquisa Complementar – Ipsos 2020 

– A MetLife encomendou junto à Ipsos uma pesquisa sobre as medidas adotadas para manter a saúde financeira das famílias durante a crise da COVID-19; 
– O estudo foi realizado com 6.000 pessoas no Brasil, Argentina, Colômbia e México, durante o mês de abril; 
– Entre os principais apontamentos o destaque foi de que metade das pessoas economizou ou planejou melhor suas ações financeiras com o objetivo de proteger suas famílias e terem um futuro mais seguro. 

– Dados:
– No Brasil 79% tomaram decisões ou planejaram ações financeiras neste período. Em comparativo com outros países da América Latina, vemos o México com 80%, Colômbia 77% e a Argentina 62%;  

– O estudo apontou que 69% dos brasileiros têm a pretensão de guardar dinheiro ou investir nas próximas semanas. Esta porcentagem diminui para 67% no México, 66% na Colômbia e cai ainda mais para 51% na Argentina. 

– Mundialmente uma em cada cinco pessoas está considerando adquirir uma solução de seguro. No Brasil, essa procura representa 8% da população, mesmo percentual que a Argentina. Estes números sobem para 17% no México, seguido de 15% na Colômbia; 
– Para quem já tem uma apólice de seguro o interesse em manter a solução é alto. Globalmente 80% das pessoas pretendem manter o seguro de vida, já no Brasil o interesse em manter a contratação é de 69% das pessoas. No México sobe para 83%, na Argentina 80% e 79% para a Colômbia;  

O estudo será apresentado dia 01/10, das 14h às 16h, e as inscrições podem ser feitas a partir do link: https://ebts2020.com.br

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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