O Brasil é o oitavo país com o maior potencial para o mercado segurador no segmento vida e não vida entre as 96 nações pesquisadas
Temos uma economia ainda patinando, setores com dificuldades de retomada, famílias temendo o desemprego e a pandemia, o que as faz poupar as reservas, como mostra o recorde de captação da caderneta de poupança. Um cenário que exige mais das seguradoras para disputar o orçamento apertado das famílias e empresas e assim manter a venda de seguros em ritmo crescente.
Fernando Pérez Serrabona, CEO Mapfre Brasil, e Luis Gutiérrez, CEO da Mapfre Seguros afirmaram durante coletiva que depois de um grande baque em abril, o setor começa a se recuperar. Dados da Susep mostram alta de 5,9% das vendas em junho, comparado ao mesmo período do ano anterior, com receitas de R$ 23,3 bilhões. No primeiro semestre, o lucro líquido da Mapfre foi de R$ 334 milhões, com um crescimento de 58% em relação a igual período de 2019. O Brasil é a segunda maior operação da Mapfre, representando 20% do faturamento global.
Em vendas, a seguradora cresceu 0,2%, em comparação ao primeiro semestre de 2019, com R$ 8,93 bilhões em prêmios emitidos. “O segundo semestre é mais aquecido e esperamos melhores resultados. No entanto, temos de destacar que a pandemia continua e ainda há grandes dúvidas em relação à economia e os impactos que ela terá no mercado de seguros”, afirmou Serrabona.
Segundo a apresentação, o grupo registrou R$ 4,5 bilhões em vendas de seguros gerais, R$ 1,38 bilhão em vida e R$ 1,4 bilhão em automóveis, que registrou queda de 36%. Seguros massificados também amargaram recuo nas vendas diante do fechamento das redes varejistas. “Em seguros agrícolas empresariais e em residencial continuamos crescendo”, destacou Gutierrez.
Eles apostam no potencial do setor no Brasil. “O Brasil é o oitavo país com o maior potencial para o mercado segurador no segmento vida e não vida entre as 96 nações pesquisadas no Índice Global de Seguros Potenciais (GIP), elaborado pela Mapfre Economics”, cita Gutierrez. De acordo com o estudo, o mercado brasileiro de seguros poderia ser 2,6 vezes maior. “Apenas 30% da população tem seguro de caro, 15% das residências tem apólice de seguro, 8% tem seguro de pessoal e apenas 10% das PMEs possuem alguma proteção, o que significa que nós e os corretores temos muito trabalho pela frente para tornar a sociedade brasileira mais protegida dos riscos do dia a dia”, citou.
A seguradora foi uma das primeiras a voltar ao trabalho presencial, que já atinge 80% das suas filiais. “Temos que estar perto das pessoas e como o governo liberou diversos segmentos econômicos, com riscos que precisam de cobertura, retomamos para estar mais próximos dos nossos clientes”, argumentou Gutierrez.
A Mapfre adotou diversas medidas para que o consumidor perceba o valor do seguro no dia a dia e tenha o produto como um apoio financeiro diante das incertezas da vida ressaltadas com a pandemia. Veja abaixo um resumo da conversa do blog Sonho Seguro com Serrabona após coletiva com jornalistas realizada no início de setembro:
Nesta situação, o que a Mapfre faz para estimular as vendas?
Desde que o isolamento social foi estabelecido, adotamos uma série de condutas a fim de diminuir os impactos econômicos e sociais da pandemia para nossos públicos. Passamos a aplicar condições especiais de renovação e pagamento em apólices de automóvel, residencial, rural, comércio, serviços e condomínio. Isso inclui modalidades diferenciadas de parcelamento (há produtos que permitem o pagamento em até 10 vezes). Também ampliamos o desconto na franquia aos produtos AutoMais Gold e AutoMais Frota, para reparos realizados na rede de oficinas MAPFRE.
As indenizações de vida, mesmo por Covid-19, foram pagas?
Pagamento integral da indenização em caso de morte por infecção pela Covid-19 nos seguros de Vida, Viagem, Habitacional e Prestamista.
Incluíram benefícios nos produtos?
Sim, entre eles, a telemedicina. Passamos a oferecer este benefício nos seguros Vida Você Multiflex, Vida Você Mulher e Vida Você Special, além de Orientação Médica por Telefone (OMT).
E no residencial?
No seguro residencial ampliamos as atividades profissionais cobertas, beneficiando microempreendedores individuais que levaram seus negócios para casa. Com isso, as atividades amparadas pela cobertura “Pequeno Empreendedor”, passaram de 13 para 24 categorias. Dentre os profissionais contemplados nesta cobertura estão cabeleireiros, manicures, pedicures, maquiadores, esteticistas, depiladores, vidraceiros, eletricistas, encanadores e chaveiros. Com a inclusão das novas atividades, personal trainers, por exemplo, são garantidos pela apólice comercializada pela companhia. O seguro residencial garante, ainda, a estes profissionais, assistência 24 horas e suporte complementar, como Proteção Digital e Help Desk.
Em termos digitais, o que mudou?
Reforçamos as soluções digitais para a realização da vistoria (com envio de fotos no aviso de sinistro realizado por aplicativo para smartphone e web) e perícia (WhatsApp para envio de vídeos e/ou fotos). Por meio da plataforma MAPFRE Open Innovation, recebemos propostas de startups com soluções que apoiem prestadores de serviços e pequenos e médios empresários a enfrentarem a complexa situação econômica imposta pela pandemia do novo coronavírus. A iniciativa segue aberta para recebimento de ideias de rápida implantação que ajudem a responder problemas como: agilidade e proximidade de clientes, além de aumento de receitas. Os nossos colaboradores também estão nos enviando propostas.
E quanto a retomada das operações?
Além da abertura da plataforma de inovação, a MAPFRE acaba de colocar no ar o “Retomada Segura” (club.mapfre.com.br/retomada-segura/) para apoiar as pequenas e médias empresas no processo de retorno de seus negócios. No portal, os empreendedores encontram uma cartilha de orientações a funcionários, além de um kit de comunicações gratuito para que possam personalizar com a sua marca, imprimir e colocar em seus estabelecimentos, adequando toda a sinalização dos espaços físicos ao distanciamento necessário entre as pessoas.