Grupo SURA fecha o primeiro semestre com lucro de US$ 66 milhões

Apesar da pandemia, a receita somou US$ 2,718 bilhões, as despesas aumentaram apenas 2% e o lucro operacional foi de US$ 250 milhões

Fonte: Grupo SURA

Com o fechamento do primeiro semestre do ano, em um momento de desafios diante dos impactos da COVID-19, o Grupo SURA reportou um lucro líquido consolidado de US$ 66 milhões, que representa uma recuperação frente ao reportado em março deste ano, impulsionada pelo lucro positivo do segundo trimestre.

O resultado reflete a solidez dos negócios na atual conjuntura, com o crescimento de prêmios emitidos e a receita por prestação de serviços da Suramericana (Seguros SURA – especializada em seguros, tendências e riscos), assim como uma estabilidade nas receitas por comissões da SURA Asset Management (especialistas em pensões, poupança, investimento e gestão de ativos). Desta maneira, o lucro operacional consolidado foi de US$ 2,718 bilhões.

“Os resultados do primeiro semestre são melhores do que tínhamos projetado diante da pandemia e mostram a capacidade de transformação, adaptação e resiliência da Seguros SURA e da SURA Asset Management, que têm tido uma recuperação paulatina nos últimos meses. Ao mesmo tempo, mantivemos nosso compromisso de criar mais valor às pessoas e às empresas, gerando emprego na região e investindo no desenvolvimento dos negócios. Queremos seguir com cautela, avaliando constantemente os impactos da conjuntura na região”, explica Gonzalo Pérez, Presidente do Grupo SURA. 

No segundo trimestre, o resultado dos rendimentos dos investimentos próprios das seguradoras e dos fundos de pensões foi melhor, após as fortes quedas dos mercados de capitais no mês de março.

Contribuiu também o aumento de apenas 2% das despesas consolidadas em linha com o controle e a eficiência aplicados na conjuntura, mesmo com os custos de prestação de serviços de saúde para atender em tempo hábil os afiliados e segurados na Colômbia. Desta maneira, o lucro operacional foi de US$ 250 milhões, 39.4% a menos que em junho de 2019. 

“Uma das prioridades na atual conjuntura é a eficiência dos negócios e o controle dos gastos, somados com a solidez patrimonial e a liquidez das companhias do Grupo Empresarial. Com a recente emissão local de prêmios, nos antecipamos para garantir a liquidez adequada para atender as obrigações em 2021 e melhorar nosso perfil de dívida de longo prazo”, comenta Ricardo Jaramillo, Vice-presidente de Finanças Corporativas do Grupo SURA.

O lucro líquido consolidado no fechamento do primeiro semestre foi de US$ 66 milhões, impulsionado pelo resultado do segundo trimestre, que somou US$ 87 milhões e compensou a perda registrada em março.

Para este resultado, contribuiu o maior rendimento por meio de participação do Grupo Nutresa, devido a um menor rendimento por este rubro do Bancolombia, diante do aumento das provisões que incidem no lucro do Banco, como medida prudente para se antecipar diante da incerteza do cenário.  

Desempenho das filiais

A Seguros SURA fechou o primeiro semestre com lucro líquido de US$ 79 milhões, 68,3% maior do que o mesmo período em 2019. Este resultado é sustentado pelos rendimentos totais que aumentaram 10,5% e somaram US$ 2,391 bilhões, com crescimento nos segmentos de seguros gerais (7,5%), Vida (7%) e na prestação de serviços na área da saúde (21,5%) na Colômbia. Além disso, a recuperação por rendimento de portfolios das seguradoras ganhou destaque, em particular a filial na Argentina, que contribuiu para o fechamento positivo do semestre.

“Estes resultados refletem nossos esforços para fidelizar os clientes em três frentes: transformação do modelo operacional; desenvolvimento de novas soluções e adaptação de outras, para responder às necessidades atuais das pessoas e das empresas; ao mesmo tempo que fortalecemos nossos acessos e canais. Dessa forma, temos o cuidado de comparar as reservas, a solvência e a liquidez com os cenários que projetamos frente a pandemia”, explica Juana Francisca Llano, Presidente da Suramericana (Seguros SURA).

A SURA Asset Management chegou a 20,9 milhões de clientes e os ativos na gestão (AUM) e cresceu 7.9% em comparação a junho de 2019, totalizando US$ 131,5 bilhões. Apesar dos efeitos do coronavírus no mercado de trabalho, os rendimentos por comissões no negócio diminuíram apenas 1,8%, em junho, e no voluntário aumentaram 14,2% devido a uma gestão comercial positiva e uma maior tendência à poupança na região. Também se mantém uma disciplina no gasto, que subiu somente 5,6% frente ao primeiro semestre do ano anterior, não obstante custos como os gerados pelas mudanças regulatórias no Peru. 

“No segundo trimestre, observamos uma melhoria nos mercados financeiros globais, que traduzem na recuperação dos portfolios que administramos, pertencentes a mais de 20 milhões de clientes na região. Assim continuamos trabalhando na gestão dos recursos para proteger e fortalecer a poupança dos latino-americanos”, diz Ignacio Calle, Presidente da SURA Asset Management.

A recuperação dos rendimentos entre abril e junho por investimentos próprios no Mandatório contribuiu para que o lucro líquido desta filial voltasse ao terreno positivo. Dessa forma, contribuiu com US$ 33 milhões ao lucro líquido do Grupo SURA no primeiro semestre, 72,1% a menos do que a alcançada em junho de 2019, que foi um ano bastante positivo para a SURA Asset Management.

Fatos recentes:

  • A Seguros SURA Colômbia fortaleceu a prestação de serviços de saúde para enfrentar a pandemia: hoje são atendidos 35 mil requerimentos por dia (teleassistência e telemedicina); aplicação de modelo de oxigenoterapia para afiliados e segurados; e Ajudas Diagnósticas SURA com aproximadamente 13% de provas no país.
  • O Grupo SURA, com o objetivo de antecipar os recursos requeridos frente as obrigações em 2021, colocou no último dia 11 de agosto US$ 265 milhões, em bônus no mercado colombiano, que foram demandados 2,23 vezes. Esta emissão foi qualificada como neutra por parte da S&P, ao ter como objetivo a substituição de passivos. 
  • A SURA Asset Management, mediante sua unidade de negócio Investment Management, lançou um fundo de US$ 86,5 milhões, na aliança com Credicorp Capital, para financiar projetos de infraestrutura na Colômbia, Peru, Chile e México.
  • S&P confirmou em julho a qualificação AAA da Suramericana (Seguros SURA) na dívida local, e igual nota obteve a Seguros SURA Colômbia, sua principal filial. Por sua parte, Fitch Ratings reafirmou ao Grupo SURA sua qualificação local AAA de longo prazo, com perspectiva estável. 
  • Como aporte à reativação econômica de pequenas e médias empresas: Suramericana (Seguros SURA) acompanhou 44.500 empresários na plataforma regional Empresas SURA; ao mesmo tempo que a SURA AM lançou na Colômbia uma linha de factoring e um fundo para financiar este segmento.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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