Crescimento dos seguros cibernéticos

Aumento foi de 148,7% na arrecadação na comparação mensal entre junho/20 e junho/19

Fonte: CNseg

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, os riscos cibernéticos estão entre as mais frequentes ameaças às empresas e pode impactar mais os negócios do que desastres ambientais. Com as restrições impostas pelo governo para conter a disseminação do novo coronavírus e a adoção do regime de teletrabalho por grande parte das empresas, os riscos cibernéticos ficam mais latentes e a busca por proteção contra os seus danos apresenta forte crescimento.

Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o seguro Compreensivo Riscos Cibernéticos registra aumento de 148,7% em sua arrecadação na comparação mensal entre junho/20 e junho/19 – taxa superior a de maio/20, de 53,3%. Desta maneira, o resultado de 2020 para o produto é mais que o dobro daquele observado primeiro semestre de 2019, com crescimento de 115% em sua arrecadação.

O produto é direcionado para pessoas jurídicas, incluindo pequenas e médias empresas. Em relação a coberturas, os pedidos de resgate, no caso de “sequestro de dados” por ransomware, estão amparados pelo seguro, bem como a investigação para entender o que ocorreu e, ainda, outros prejuízos consequentes (tais como: lucros cessantes e despesas operacionais decorrentes da paralisação das atividades das empresas, o que pode ocorrer por conta do ransomware). Além disso, uma vez que os dados de uma empresa foram vazados (e, como consequência, houve a extorsão) podem incorrer custos para tentar recuperar e reparar estes dados. Adicionalmente, podem ocorrer investigações por órgãos reguladores, cujos custos para resposta a tais investigações também se encontram amparados pela apólice contratada, bem como as multas impostas nos processos regulatórios. Caso surjam reclamações judiciais de clientes pelo vazamento de dados, os custos de defesa e de eventuais indenizações também estarão amparados.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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