Mapfre debate a importância do seguro de vida no mundo e no Brasil

No estudo, apresentado on-line de São Paulo, uma seleção dos mercados de seguros de vida é analisada em detalhes

O comportamento do ciclo econômico é um fator-chave no desenvolvimento do seguro de vida, de modo que o crescimento do PIB favorece o crescimento dos prêmios de seguro de vida e vice-versa. É especialmente relevante em produtos de risco e também influencia a poupança e o investimento em seguros de vida. No entanto, outros fatores também influenciam essas últimas linhas de negócios, como o comportamento das taxas de juros, os spreads de risco dos títulos de renda fixa (soberano e corporativo) e, em alguns mercados, o comportamento dos títulos de capital.

“O tamanho do mercado de seguros de vida em cada país é diferente e os motivos que influenciaram seu desenvolvimento variam de acordo com fatores regulatórios, demográficos, econômicos e sociais. Nos países desenvolvidos, a cobertura desse seguro é mais difundida na sociedade do que nos países emergentes, onde apenas uma parte da população é protegida pelo seguro de vida “, afirma Manuel Aguilera Verduzco, CEO da MAPFRE Economics.

No estudo, apresentado on-line de São Paulo (Brasil), uma seleção dos mercados de seguros de vida é analisada em detalhes, considerada representativa por sua importância em nível regional, pelo grau de desenvolvimento dos produtos que comercializa. e pelo seu dinamismo. Essa seleção de 43 países tenta abranger um amplo espectro de produtos Life oferecidos por companhias de seguros em todo o mundo, bem como diferentes modelos regulatórios, a fim de identificar as práticas que podem ser consideradas como referência no desenvolvimento de apólices. público voltado para a proteção dos segurados, para estimular a economia por meio desse tipo de produtos e para a estabilidade do sistema financeiro global.

O seguro de vida, além da remuneração e proteção pessoal que eles oferecem aos segurados e segurados contra riscos de morte e aposentadoria, desempenham um papel central no processo de investimento em poupança da economia.

Conforme incluído no relatório Elementos para o desenvolvimento do seguro de vida, preparado pela MAPFRE Economics, o Serviço de Pesquisa MAPFRE e editado pela Fundación MAPFRE, os prêmios de seguro de vida em todo o mundo atingiram 2,82 trilhões dólares em 2018. E 93,5% desse volume estavam concentrados em três regiões: Ásia (37,7%), Europa Ocidental (32,8%) e América do Norte (23%). Do ponto de vista da penetração (o peso que os prêmios de seguro, neste caso do segmento Vida, têm sobre o PIB de um país) representou 3,2% do PIB mundial.

Por exemplo, no caso do mercado de seguros espanhol, os prêmios de seguro de vida totalizaram 28.995 milhões de euros, o que representa 2,4% do PIB, comparado a 4,3% em média nos mercados de seguros desenvolvidos. Conforme indicado no relatório, o mercado espanhol apresenta um grau de desenvolvimento notavelmente inferior à média dos desenvolvidos e, portanto, o tipo de produtos comercializados tem um grau menor de sofisticação. Nesse sentido, predominam os produtos de renda temporária e vitalícia, embora o peso dos produtos de capital diferido também seja significativo. Por sua vez, do ponto de vista da distribuição de produtos, deve-se notar que o mercado de seguros de vida na Espanha é claramente caracterizado pela predominância, em primeiro lugar, do canal de bancassurance, seguido pelo de agentes vinculados a entidades. Por seu lado, o canal da Internet ainda tem muito pouco peso relevante em termos de negócios intermediados.

A importância da regulamentação

As políticas públicas são um elemento essencial para promover o crescimento da poupança em uma economia e, nessa dimensão, para o uso de produtos de seguro de vida como um instrumento para isso. Nesse sentido, essas políticas públicas podem ser divididas em três grupos: aspectos regulatórios (que implicam acesso ao mercado, estabilidade regulatória de longo prazo para as seguradoras, incentivos à inovação e elementos de conduta no mercado); participação em sistemas de pensão (incluindo sistemas de aposentadoria compulsória e planos de aposentadoria voluntária); e incentivos fiscais (para produtos de poupança e investimento, o risco de seguro de vida e para evitar desincentivos relacionados à aplicação de impostos indiretos).

“O desenvolvimento do segmento de seguro de vida pode ser um elemento-chave no desenho e implementação de políticas públicas que visem aumentar a taxa de poupança e investimento em uma economia com os efeitos positivos que esses fenômenos provocam em termos de crescimento de riqueza. material e os níveis de bem-estar da sociedade ”, conclui Aguilera.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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