MAG Live: perspectivas e investimentos em relação à previdência complementar

Debate promovido pela MAG Investimentos trata sobre os impactos e tendências econômicas e financeiras do atual cenário

Fonte: MAG Seguros

A nova edição da MAG Live, realizada nesta quinta-feira (25/6), abordou o tema ‘Previdência Complementar como Alavanca para Investimento’. Participam do debate o Subsecretário de Previdência Complementar do Ministério da Economia, Paulo Valle, o Diretor- Presidente da Abrapp e diretor da MAG Fundos de Pensão, Luís Ricardo Marcondes e a estrategista da MAG Investimentos, Patrícia Pereira. 

O fórum teve como objetivo informar o público sobre as principais notícias do cenário político e econômico, para que os investidores se tornem protagonistas do seu próprio futuro. 

O subsecretário Paulo Valle abriu o fórum comentando sobre a implementação da reforma da Previdência em estados e municípios. “Começamos o processo para que os entes façam a sua previdência. Atualmente, há 19 em funcionamento e quase 30 em processo de instituição destes regimes. Nesse momento, estamos muito mais focados na divulgação do guia de orientações, que tem o objetivo de ser o facilitador desse processo”, afirmou o Subsecretário sobre a criação do guia que contou com a colaboração da MAG Investimentos. 

“Como teremos eleições municipais esse ano, acreditamos que qualquer decisão deve ser tomada depois do pleito. A partir do ano que vem, acreditamos ser possível acelerar esse processo de instituição”, complementou. 

Valle sinalizou ainda que estados e municípios devem se planejar para a instituição da previdência. “Temos uma preocupação muito grande com o custo. Por meio do CNPC – Conselho Nacional de Previdência Complementar -, criamos alguns parâmetros, incentivamos que o ente se integre aos poucos. O ideal é aderir ao plano primeiro, depois pensar em um plano exclusivo e só então buscar a criação de uma entidade. É de grande importância esse processo de consolidação para garantir o custo menor para os participantes”, afirmou. 

Luís Ricardo Marcondes, ressaltou a perspectiva para a Previdência complementar no Brasil. “Temos uma grande janela de oportunidades, um momento histórico com a necessária Reforma da Previdência. A longevidade está aí e, dentro desse cenário, as pessoas precisam ter qualidade de vida. Quando atingirem a idade da aposentadoria, certamente vão viver mais e com menos. A previdência complementar se coloca para atender uma demanda reprimida”, disse. 

Marcondes avaliou ainda o cenário atual. “O sistema vinha no seu melhor momento pré-pandemia, evoluiu demais e se aprimorou nos últimos anos. Agora vivemos outra janela de oportunidade com a pandemia. O que as pessoas querem é proteção, assistencialismo, solidariedade. E isso está no nosso DNA”, concluiu. 

Em relação às preocupações do mercado financeiro e suas perspectivas, a estrategista Patrícia Pereira trouxe um contexto educativo sobre a diferença entre Fundos de Mercado e Previdência Complementar. Ela reforçou que a Renda Fixa é uma categoria de investimento e não a previdência, ressaltando a importância de entender o que cada um é antes de investir e a tabela que deve ser seguida neste investimento. 

A estrategista ainda mencionou a importância e os benefícios que o investimento traz. “Investir em previdência privada tem o incentivo tributário de 12% no pagamento de imposto de renda. Caso o participante tenha acesso a planos de benefícios patrocinados pelo seu empregador, terá o benefício da contrapartida deste. Em relação a benefícios, o produto previdência não acaba na acumulação. O plano sucessório faz com que a previdência não entre em inventários, para o caso de morte do titular, a previdência vai automaticamente para os herdeiros do título, sem a necessidade de aguardar pela burocracia”, explicou . 

Ao final, o subsecretário pontuou a importância do CRP – Certificado de Regularidade Previdenciária – para a fiscalização e controle da previdência. Com a Lei de Responsabilidade Previdenciária, todos os entes precisarão estar em dia com seu CRP para realizarem operações junto à União. “Estamos muito focados na agenda de fortalecimento do setor de previdência no Brasil. E mediante a concorrência entre esses mais de trezentos entes, com certeza isso irá refletir em benefício para o participante e fortalecer ainda mais essa agenda”, disse Valle. 

Para encerrar, Luís Ricardo lembrou a importância do momento atual para o mercado brasileiro e no mundo. “No cenário atual em que o mundo vive, o setor privado será o grande protagonista do crescimento econômico brasileiro. Precisamos nesse cenário buscar incentivos tributários e fiscais,” concluiu. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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