AIG faz provisões para perdas com Covid-19 e lucro recua no trimestre

A AIG reservou US$ 419 milhões em perdas por catástrofe na unidade, que incluíram US$ 272 milhões em perdas estimadas relacionadas ao COVID-19

A American International Group Inc. (AIG) registrou lucro líquido atribuível aos acionistas ordinários da AIG foi de US$ 1,7 bilhão, ou US$ 1,98 por ação ordinária diluída, no primeiro trimestre de 2020, comparado a US$ 654 milhões ou US$ 0,75 por ação ordinária diluída, no trimestre do ano anterior, impulsionado principalmente por US$ 3,5 bilhões ganhos de capital realizados líquidos de impostos, em comparação com US$ 446 milhões em perdas de capital realizadas líquidas antes dos impostos no trimestre do ano anterior.

Já o lucro líquido registrou queda de 93% no lucro ajustado trimestralmente, ao reservar dinheiro para cobrir reivindicações relacionadas ao surto de COVID-19, que chamou de a maior perda de catástrofe que o setor já teve. O ganho após impostos ajustada atribuível aos acionistas ordinários da AIG foi de US$ 99 milhões, ou US$ 0,11 por ação ordinária diluída, no primeiro trimestre de 2020, em comparação com US$ 1,4 bilhão ou US$ 1,58 por ação ordinária diluída no trimestre do ano anterior. A redução foi justificada principalmente pela menor receita líquida de investimentos, impulsionada por quedas nos mercados de ações e perdas nos títulos do SAV decorrentes do aumento dos spreads nos mercados de crédito e pelo impacto do COVID-19.
 

A AIG registrou uma perda de subscrição de US$ 87 milhões em seus negócios de seguros gerais no primeiro trimestre, em comparação com um lucro de US$ 179 milhões no ano anterior, principalmente devido a perdas relacionadas a pandemia.

A AIG reservou US$ 419 milhões em perdas por catástrofe na unidade, que incluíram US$ 272 milhões em perdas estimadas relacionadas ao COVID-19, como viagens, crédito comercial e remuneração dos trabalhadores. O restante foi principalmente relacionado ao clima, informou a empresa.

“Acreditamos que o COVID-19 será a maior perda de CAT (catástrofe) que o setor já viu”, disse o CEO da AIG, Brian Duperreault, em comunicado. A receita líquida total de investimentos da AIG, ajustada, caiu US $ 1 bilhão, para US $ 2,7 bilhões, de um ano atrás.

O índice combinado de acidentes gerais de seguros da seguradora – que exclui alterações de perdas incorridas nos últimos anos – foi de 95,5% no trimestre, comparado a 96,1% no ano anterior.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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