O Valor Online informa que a Caixa protocolou nesta sexta-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de IPO da Caixa Seguridade, sua holding para atuação em seguros. A oferta, estimada em cerca de R$ 15 bilhões, será apenas secundária – ou seja, com venda de ações que hoje estão nas mãos do banco.
Até 40% das ações objeto da oferta serão destinadas a investidores do varejo, de acordo com o prospecto da operação. Entram nessa conta os investidores que fizerem seus pedidos de reserva diretamente ou por meio do FIA Caixa Seguridade.
Também haverá uma alocação prioritária de até 5% dos papéis entre os funcionários da Caixa. Os investidores estarão sujeitos a um “lock-up” (período de restrição de venda das ações) de 90 dias – esse prazo cairá à metade para quem ficar com papéis remanescentes da oferta do varejo.
O IPO será realizado na B3 e a expectativa é que seja precificado entre o fim de março e o começo de abril.
Em preparação para levar a empresa de seguros à bolsa, a Caixa fez uma ampla reorganização na holding ao longo do ano passado. Sob o comando de Pedro Guimarães, o banco reviu todos os seus acordos com seguradoras, renegociou contratos e, até agora, fechou parcerias em seis áreas.
Com base nessas renegociações, CNP Assurances, Tokio Marine e Icatu vão pagar um total de R$ 9,5 bilhões à Caixa pelo direito de usar a rede do banco para distribuir seus produtos. Ainda falta firmar acordos em mais cinco ramos de seguros, mas eles representam apenas 10% da receita, afirmou Guimarães em entrevista nesta semana.