A companhia cresceu, nos últimos cinco anos, uma média superior a 20% ao ano. Em 2020, prevê 19%
Helder Molina, CEO do Grupo Mongeral Aegon (MAG), chorou algumas vezes no palco do MAGNext, evento que celebra a tradição e discute os desafios do futuro do setor dominado pela tecnologia, conectando todos a uma seguradora de 185 anos que os convidou para saberem mais sobre o futuro promissor do setor de previdência e seguridade no Brasil.
Molina conversou com o blog Sonho Seguro para contar um pouco mais sobre o grupo, que agora tem nova marca, MAG, que une futuro e passado numa sigla simples, curta e eficaz a partir de segunda-feira. “Esse é o começo de um novo passo importante para todos nós”, afirmou.
A Mongeral comemora 185 anos. Como o senhor vê essa centenária companhia?
Nós brincamos que a seguradora é uma jovem senhora. Temos, sim, 185 anos, mas somos uma companhia moderna, atual e com sede de inovação. Isso me fascina e respiramos muito forte esta cultura dentro de casa.
O grupo passou por grandes mudanças nos últimos anos. Como era e como está hoje?
Todas as nossas mudanças ajudaram a fazer com que a gente crescesse ainda mais. Dentre os marcos importantes que tivemos posso citar a desmutualização da companhia e a parceria com a Aegon – que acabou de completar 10 anos em 2019. Hoje somos uma companhia que cresceu, nos últimos cinco anos, uma média superior a 20% ao ano, mesmo em um momento em que o país passou por uma crise e uma recessão. Isto mostra a força do nosso grande barco que consegue navegar muito bem até em mares difíceis.
Qual o valor do investimento em tecnologia neste período?
Muito mais que falar um número frio é mostrar como avançamos nesta questão com exemplos. Posso citar alguns: desenvolvimento do primeiro e-commerce de seguro de vida e previdência do país; elaboração de sistema próprio da companhia; desenvolvimento da ferramenta de digitalização das vendas, e até ações envolvendo machine learning. Tudo isso com um único foco: melhorar ainda mais a experiência dos nossos clientes e parceiros. Isto muito me orgulha.
A mim também. Estou muito orgulhosa de tudo que vi nesses dois dias. Quais os desafios em 2020?
Nós temos uma série de desafios para frente. O primeiro deles, sem dúvida, é expandir ainda mais a oferta dos nossos produtos e serviços. Também entendo que este será um ano para testarmos e evoluirmos em assuntos relacionados aos novos marcos regulatórios, como sand box e seguros on demand.
E para o Brasil?
O Brasil tem alguns desafios importantes na pauta de 2020. O primeiro deles é dar sequência à pauta de reformas que o governo iniciou ano passado. Entendo que isso contribuirá para o crescimento do país e retomada do emprego, outros dois importantes tópicos para este ano.
A oferta do seguro de vida hoje já chega na palma da mao do cliente. O senhor acredita que o brasileiro já entende a importância deste produto?
Sim. Ainda não igual a mercados maduros, como Estados Unidos e Japão, mas já evoluímos bastante. A reforma da previdência, no ano passado, contribuiu para que o brasileiro passasse a se preocupar mais e pesquisar meios de se planejar para o futuro.
Qual a principal resistência percebida para a compra do produto?
Hoje o principal desafio é justamente tangibilizar a importância do seguro de vida. Por isso, trabalhamos fortemente em uma consultoria de qualidade e temos toda uma estrutura de apoio e suporte dentro de casa para proporcionar a melhor experiência.
Você acha que os produtos ofertados cabem no orçamento da classe C e D?
A Mongeral Aegon tem soluções para todos os perfis de clientes e bolsos. Como atuamos com consultoria personalizada, o valor investido é proporcional à necessidade e, consequentemente, à capacidade financeira.
Desta forma, entendo, sim, que há muito espaço para atuarmos neste mercado.
Quais os próximos passos da Mongeral para se manter inovadora?
Vamos continuar a fomentar dentro de casa a cultura da inovação junto aos nossos públicos de contato. Temos dois programas fortes de inovação, um em parceria com a PUC-RJ e com o IRB; outro voltado para os colaboradores. Também participamos dos mais importantes fóruns de inovação do mundo, como na Singularity University, Estados Unidos, e o RISE, na China. Isto é fundamental para estarmos conectados às tendências mais modernas de mercados maduros em avanços de inovação.