NotreDame Intermedica compra Clinipam, por R$ 2,6 bilhões

A NotreDame Intermédica fechou um acordo para adquirir o Grupo Clinipam, operador de saúde verticalizada com atuação no Paraná e Santa Catarina, por R$ 2,6 bilhões. Segundo comunicado, com a compra, o grupo de saúde consolida sua plataforma verticalizada, entrando em uma nova região de atuação. “Essa aquisição é mais uma demonstração da continuidade da estratégia de crescimento e de fortalecimento da rede própria, impulsionando a presença nos Estados do Paraná e de Santa Catarina e reforçando o compromisso com a criação de valor para seus acionistas, clientes e sociedade”, diz trecho do comunicado.

A operação prevê o pagamento de R$ 2,25 bilhões à vista, em dinheiro, na data de fechamento da transação. Cerca de R$ 150 milhões serão destinados a constituição de uma conta garantia (“escrow”) para contingências futuras e R$ 200 milhões serão pagos mediante a emissão e entrega de 3.365.870 ações de emissão da NotreDame Intermédica, equivalente a R$ 59,42 por ação.

De acordo com o comunicado enviado a CVM, o grupo contratou uma linha de crédito de R$ 2,5 bilhões, por um prazo de 5 anos junto a um grupo de bancos.

O Grupo Clinipam tem dois hospitais, com 133 leitos, quatro unidades de pronto atendimento, 19 centros clínicos, um centro de diagnóstico por imagem, um centro de tratamento preventivo e dez laboratórios de análises clínicas. Ele possui uma carteira de 333 mil beneficiários de planos de saúde localizados majoritariamente na região metropolitana de Curitiba e no Norte e Vale do Itajaí, em Santa Catarina, sendo 52% pertencentes à categoria corporativa.

Nos 12 meses encerrados em 30 de junho, o grupo registrou receita líquida de R$ 635 milhões e a expectativa é de que ela encerre 2019 em R$ 720 milhões, com sinistralidade caixa estimada de 70,5% e uma margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) estimada de 13,7%.

A conclusão da compra está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação não será submetida à aprovação dos acionistas porque está sendo feita por meio do Hospital Intermédica Jacarepaguá, subsidiária de capital fechado.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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