ARTIGO: Seguro Empresarial no centro das atenções com incêndio em Hospital Badim

Thisiani Martins, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Grandes Riscos da FenSeg

 A tragédia provocada pelo incêndio no Hospital Badim, no Rio de Janeiro, reforça a relevância de contratação do Seguro Empresarial em todo o país. É fator essencial de proteção contra infortúnios dessa natureza. Uma cobertura robusta não só cobre danos ao patrimônio material, como também ameniza o impacto causado pela perda de vidas. Muito além dos prejuízos financeiros e patrimoniais, o gestor deve ter em foco a responsabilidade civil, no caso de indenizações às vítimas e aos seus familiares. É igualmente importante que os limites contratados sejam compatíveis e adequados aos riscos expostos, e que estejam o mais próximo possível dos necessários a reposição dos bens.

  As cenas do hospital em chamas e o drama enfrentado pelos pacientes evidenciaram a função estratégica do seguro. Seja qual for o ramo de atividade da empresa ou instituição, é preciso ter em mente que ações preventivas, um bom gerenciamento de riscos e uma cobertura robusta são peças-chave para enfrentar ocorrências desse porte. Eles representam fator de tranquilidade para empreendedores diante do inesperado.

 O Seguro Empresarial possui cobertura básica que protege o imóvel segurado contra incêndio, cobertura de contratação obrigatória que resguarda contra riscos de incêndio, queda de raio e explosão. A esta garantia básica poderão ser adicionadas outras coberturas observando a característica da empresa ou ramo de atividade e ainda, o local onde ficam as instalações. Esta é a modalidade de seguros denominada Multirriscos ou Compreensivos.

 O seguro compreensivo é análogo ao seguro contra incêndio tradicional; porém, é um seguro mais amplo. A cobertura básica indeniza o segurado por danos decorrentes de incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza. Além destas, as empresas podem contratar coberturas adicionais, como as de explosão de caldeiras, queda de aeronaves ou ainda coberturas contra danos provocados por granizo, vendaval, impacto de veículos, danos elétricos, acidentes pessoais, roubo e furto qualificado de bens e valores, quebra de vidros, responsabilidade civil, entre outros.

 Apesar de obrigatório, o seguro contra incêndio ainda enfrenta resistência por parte das empresas, conforme revelou a Pesquisa Global Zurich PMEs.  Levantamento feito em 15 países, reunindo 3 mil companhias de pequeno e médio porte, revela que a adesão ainda é baixa. Apenas 8,5% das empresas se preocupam com as consequências do fogo. No Brasil, esse índice chegou a 23% de um total de 200 empresas ouvidas. O resultado fez com que o Brasil ficasse na primeira posição com o maior índice do mundo de preocupação com incêndio, seguido da Espanha e do México.

O seguro contra incêndio pode resguardar as empresas em diferentes aspectos, como por exemplo, o ressarcimento financeiro quando ocorre sinistro de grandes proporções.  Em 2018, o Instituto Sprinkler Brasil (ISB) contabilizou 531 ocorrências de incêndio estruturais. Entre as diferentes categorias de estruturas, a que registrou o maior número de ocorrências foi a dos Estabelecimentos Comerciais (lojas, shoppings e supermercados), com 190 registros, seguida por depósitos, com 114.

 Os danos causados ao patrimônio e bens físicos, devido ao incêndio, podem potencialmente ser a grande fonte de preocupação para muitos negócios, caso não se tenha um seguro adequado. A apólice é um fator de proteção para gestores e empreendedores, que de uma hora para outra convivem com a perda do patrimônio, interrupção das atividades e lucros cessantes. O seguro, acima de tudo, é um aliado de toda a sociedade.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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