AIG Seguros registra lucro de R$ 4 milhões no 1o semestre

O CEO da AIG, Fabio Oliveira, tem uma agenda eclética, que vai dos investimentos da mudança para uma nova sede em São Paulo, com ares mais descolados exigidos pela nova geração que dita a inovação, até acompanhar o treinamento online de centenas de corretores interessados em aprender mais sobre seguros de responsabilidade civil profissional e também seguros cibernéticos. “Foi um semestre com muitas novidades e resultados compensadores”, disse ele ao blog Sonho Seguro. 

A seguradora AIG registrou lucro liquido de R$ 4 milhões no primeiro semestre, um resultado excelente comparado ao prejuízo de R$ 34 milhões do mesmo período de 2018. Já a resseguradora amargou prejuízo de R$ 10 milhões. Como a seguradora do grupo controla a resseguradora, ao trazer a equivalência patrimonial de resseguros para seguros,  o resultado consolidado do grupo AIG fica negativo em R$ 6,4 milhões. 

Segundo Oliveira, o volume de vendas da seguradora se manteve estável com o volume do ano passado, em R$ 330 milhões. “Como tivemos um cancelamento grande de um contrato de garantia, o crescimento obtido acabou sendo absorvido. Mas registramos crescimento em todas as linhas de negócios, com destaque para os seguros de riscos cibernéticos e de pessoas”, destacou. 

A reversão do prejuízo foi conquistada, segundo ele, graças a significativos ganhos operacionais, queda das despesas administrativas, redução da dois pontos percentuais na sinistralidade (46%), e gestão mais ativa na aplicação financeira da carteira de investimentos do grupo diante da perspectiva de redução da taxa básica de juros, a Selic, que remunera boa parte das reservas técnicas do mercado segurador. “O resultado financeiro apresentou melhora de 14%, para R$ 20 milhões neste período”, comemora. 

A seguradora tem como carro chefe o segmento de seguro patrimonial com 20% do mix de produtos, seguido por linhas financeiras com 16%, transporte com 15%, seguro de pessoas com 12% e o restante em outros segmentos. Seguro de pessoas, segundo o CEO, é a linha que mais cresce e a meta é que em dois anos passe a representar 30% do mix de produtos. Nesta carteira estão seguros como de viagem, garantia estendida e outros vendidos por meio de diversas bandeiras de cartões de crédito, como Mastercard, Visa, Elo e Amex. 

“Estamos surpresos com a demanda dos corretores pelos produtos de responsabilidade civil e D&O”, conta Oliveira. Segundo ele, o volume de cotações de RC Profissional foi três vezes maior do que a esperada e em D&O oito vezes com a recente aliança estratégica fechada com a Porto Seguro. Ainda segundo Oliveira, o interesse por treinamentos online para corretores tem sido crescente. “Tivemos até dificuldades de conexão para alguns corretores em um treinamento pelo excesso de interesse e limite da sala virtual e isso nos anima muito, pois mostra que os corretores realmente estão com sede de inovação para levar proteção financeira para seus clientes”, afirma.

A resseguradora local, que dá capacidade para a seguradora e também analisa oportunidades específicas de negócios, registrou vendas de R$ 36 milhões, 10% menor do que o semestre anterior. “Se considerado o prêmio ganho, temos um volume de R$ 51 milhões, 35% maior do que o registrado no primeiro semestre de 2018.  Segundo ele, a receita financeira de R$ 5,8 milhões inferior e um grande sinistro que vinha sendo regulado há quatro anos impactaram o resultado de resseguros, apesar deste último ter sido finalizado por um limite menor do que do que o total da apólice e equilibrado por uma reversão de reservas.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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