Complexidade de modelo pode atrasar oferta de ações do IRB, informa o Valor

Fonte: Valor Econômico

Valor Econômico revela que a venda de ações detidas pela União e pelo Banco do Brasil no ressegurador IRB Brasil Re, parte do plano de desinvestimentos do governo federal, pode demorar mais tempo do que o inicialmente previsto. A oferta subsequente de ações (“follow-on”) se revelou mais complexa do que as partes esperavam devido às discordâncias entre os acionistas controladores – o governo federal e os principais bancos do país – e à necessidade de mudanças de lei para efetivar a transação.

Mas a Superintendência de Seguros Privados (Susep) deu um parecer na semana passada impedindo o IRB de se tornar uma “corporation”, empresa sem controle definido. Essa discussão já tinha chegado também ao Banco Central, apurou o Valor. Não agradava ao BC abrir precedentes para instituições financeiras não terem controlador – mesmo que a mudança especificasse que valia apenas para resseguradoras, o que juristas consultados pelo Valor achavam difícil de emplacar. A sugestão da Susep é que o Bradesco e o Itaú, mesmo com 26,3% das ações, assumam a figura de controlador perante o regulador.

 “Se os bancos aceitarem, a oferta do governo federal no IRB pode ocorrer junto com a do BB. Caso contrário, precisaria de uma nova regulamentação para permitir que o IRB seja uma corporation, o que atrasaria a operação”, diz uma fonte.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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