Setor de capitalização tem mais de 400 novos produtos no mercado

Fonte: FenaCap

Novo marco regulatório da Capitalização entra em vigor hoje, trazendo facilidades e normas mais claras para o consumidor

Terminado o prazo legal para adaptação e desenvolvimento de produtos dentro do novo marco regulatório, encerrado oficialmente no último domingo, dia 28 de abril, o mercado de Capitalização  passa a contar com duas novas modalidades: o Instrumento de Garantia e o Filantropia Premiável, criadas a partir da edição das Circulares SUSEP 569, em maio, e a 576, em agosto. 

Até então, a modalidade de Garantia era usada para garantir empréstimos e substituir o fiador nas transações de aluguel, sendo apresentada como uma opção dentro do modelo tradicional (aquele que devolve 100% do valor acumulado corrigido pela TR); e o produto que permitia ações de filantropia era oferecido dentro da modalidade Incentivo e popular. 

Com o início da comercialização das duas novas modalidades, o mercado prevê a entrada de mais de 400 novos produtos em circulação ainda no primeiro semestre. É um novo momento na Capitalização. “Nossa expectativa é experimentar um ciclo de crescimento, pois o marco regulatório traz mais clareza e segurança jurídica, abrindo espaço para o lançamento de novos produtos aderentes às necessidades dos consumidores”, explica Marcelo Farinha, presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap).

Setor cresce 9,6% no bimestre

Em meio às novidades trazidas pelo marco regulatório, o segmento de Títulos de Capitalização tem apresentado bons resultados. No primeiro bimestre, registrou crescimento na arrecadação , nas reservas técnicas e na distribuição de prêmios. Osnúmeros divulgados pela FenaCap, mostram que o segmento registrou um faturamento acumulado de R$ 3,6 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O montante representa um incremento de 9,6% na arrecadação das empresas em comparação a igual período do ano passado. O volume das reservas técnicas, constituídas pelos recursos de clientes com títulos de capitalização ativos, cresceu 1,5%, fechando o bimestre em R$ 29,5 bilhões. Os prêmios pagos em sorteios somaram R$ 198 milhões, um avanço de 16% em relação ao primeiro bimestre de 2018, equivalente ao pagamento de R$ 4,7 milhões em premiações por dia útil no período. Os resgates finais e antecipados cresceram 3,5%, frente ao mesmo período do ano passado, isso corresponde a um total de R$ 2,9 bilhões resgatados pelos clientes no período. 

Títulos de capitalização: soluções para vários perfis de clientes
 
Instrumento de Garantia – Funciona como garantia para contratos de qualquer natureza, incluindo empréstimos e aluguel de imóveis, por exemplo;

Filantropia Premiável – Produto por meio do qual oconsumidor cede o direito de resgate da sua reserva para uma instituição filantrópica previamente credenciada pelas empresas de capitalização;

Popular – Permite que o consumidor adquira um título de valor acessível, em torno de R$ 7, e participe de sorteios de prêmios em dinheiro, com direito ao resgate de até 50% do valor pago;
 
Tradicional – O objetivo dessa modalidade é a formação de uma reserva, de maneira programada, por um prazo previamente conhecido e valor pré-determinado. Dá direito à participação em sorteios ao longo de toda a vigência e ao resgate de 100% do que foi pago, atualizado pela TR, ao fim do prazo de contrato. É uma solução para as pessoas que não têm disciplina para guardar dinheiro;
 
Incentivo – Nessa modalidade, uma empresa de varejo, por exemplo, adquire uma série exclusiva de títulos e cede aos seus clientes o direito a participar de sorteios. É uma forma de alavancar vendas, ampliar mercado, girar estoque e estreitar o relacionamento com os consumidores;

Compra Programada – Essa modalidade permite a acumulação mensal vinculada à aquisição de bens duráveis com sorteio de prêmios;

Em todas as modalidades os clientes também concorrem aos sorteios previstos nos planos.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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