Ministra luta por verba para elevar subsídio do seguro rural

A luta para elevar o subsídio ao seguro rural no Brasil para patamares mais compatíveis com países como os Estados Unidos e buscar mecanismos de barateamento dos produtos ofertados por seguradoras foram os principais temas do Seminário Internacional do Seguro Rural, realizado ontem, em Brasília, na sede da CNA, segundo destacaram Estadão e Valor. “Melhorar o programa de subvenção ao seguro rural será fundamental para dar mais segurança aos produtores rurais brasileiros”, enfatizou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no evento. A ministra reforçou a intenção de ampliar para R$ 1 bilhão os recursos para subvenção ao prêmio do seguro rural na próxima safra, mas isso ainda depende de verba.

O Valor Econômico destacou que não há garantia de que o governo alocará R$ 1 bilhão para o programa de subvenção dos prêmios do seguro rural. “Haverá dinheiro para o seguro se conseguirmos remanejar recursos. Não temos conclusão ainda. Não sei se chega a esse valor [R$1 bilhão]”, afirmou Rogério Boueri, secretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia. “O Ministério da Economia vê com bons olhos o pleito da ministra de aumentar o PSR, mas não adianta aumentar para o seguro e causar mais déficit no Orçamento”, acrescentou o jornal.

A ministra Tereza Cristina enfatizou a necessidade de se melhorar o seguro rural no Brasil, mas ponderou que os avanços não se darão “do dia para a noite”. “Temos que caminhar para um seguro melhor, mas temos muito a andar e fazer. Nossa agricultura precisa de mais tranquilidade, mais segurança para produzir”, destacou.

O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, reforçou a demanda por um orçamento maior e mais previsibilidade para as ações do governo em geral o para o seguro rural em particular. E voltou a cobrar o Executivo. “Precisamos de um empurrão do governo, mas também de produtos diferenciados para cada cultura e região”, acrescentou a reportagem do Valor.

O Estadão destacou que o presidente da CNA, João Martins, defendeu que o seguro rural “é uma das principais ferramentas para estimular a transição para uma nova política agrícola do País”, conforme nota da CNA. Ele comentou também que desde a sua criação, em 2006, o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) já pagou R$ 3,6 bilhões em indenizações. “Certamente o seguro rural evitou o endividamento e o abandono da atividade de muitos produtores. Essa é a importância de termos um mercado fortalecido. A atividade agropecuária segurada garante renda ao produtor, fomenta a atividade econômica dos municípios e promove o crescimento econômico para as sociedades locais”, reforçou.

Baratear o seguro – No mesmo evento, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, avaliou que uma política de seguro rural bem definida dará segurança ao produtor e será “a coluna vertebral para uma política de financiamento da agropecuária”. Já o presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Antônio Alvarenga, defendeu a busca por alternativas no mercado brasileiro que possam baratear o seguro.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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