#8ºencontroresseguro: discursos da abertura

Fonte: CNseg

Na abertura do 8º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro, que acontece em 8 e 9 de abril, na Barra da Tijuca, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, disse que apesar de um 2017 difícil e um 2018 que não correspondeu a todas as expectativas de retomada da economia brasileira, a confiança está na atual equipe econômica e em seu “tom de aceleração” das reformas estruturais que o País necessita, como as privatizações, a redução do tamanho do estado e a reforma do marco legal previdenciário, além das medidas microeconômicas para melhorar o ambiente de negócios, informa o portal da CNseg.

Referindo-se, particularmente ao setor de seguros, também impactado pelo desaceleração da economia, embora menos que outros segmentos, Coriolano considerou positivo o ligeiro crescimento da arrecadação em 2018, que chegou à cifra de R$460 bilhões, lembrando que não é mais possível medir o desempenho do setor em termos médios, visto que alguns ramos apresentaram crescimento expressivo mesmo na crise, como os seguros patrimoniais massificados, de transporte, de crédito e garantias e o seguro rural, por exemplo.

Sintetizando o comportamento do setor, o presidente da CNseg destacou, nas seguradoras, o forte ajuste de eficiência operacional das regras de aceitação de riscos, a revisão tarifária observada, o elevado padrão de governança, o redirecionamento de linhas de negócios e a adoção acelerada de processos de inovação de toda ordem.

E lembrou das 22 Propostas do Setor de Seguros para 2019 a 2022, elaboradas pela CNseg e voltadas para o desenvolvimento do País e do setor de seguros, já tendo sido apresentadas a vários integrantes da equipe econômica do governo.

Coriolano afirmou que o setor segurador está preparado para mais um novo ciclo de desenvolvimento do País, já tendo sido colocada à prova, nos últimos anos, sem arranhões, sua solvência e governança, tendo ultrapassado a barreira do R$ 1,2 trilhão em provisões e garantias.

Em sua fala, o presidente da FenSeg, Antonio Trindade, abordou o “impressionante desenvolvimento” do mercado de resseguros ocorrido após a privatização do IRB, lembrando, da mesma forma, os espaços a serem ocupados, principalmente nas áreas agrícola e de infraestrutura.

O presidente da Fenaber, Paulo Pereira, destacou algumas conquistas recentes do setor de resseguros, como a obtenção de assento no Conselho de Recursos do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e a reversão do entendimento da Receita Federal sobre impostos das resseguradoras admitidas, declarando confiança no novo governo.

Lembrando da importância do setor de Saúde Suplementar, do ponto de vista social, e de seu dinamismo econômico, o diretor-presidente substituto da ANS, Leandro Fonseca, afirmou que um dos maiores desafios do setor é o do financiamento dos serviços de saúde frente à escalada de preços que ocorre no Brasil e no mundo e, segundo Leandro, o resseguro pode contribuir, ao trazer soluções de compartilhamento de risco.

O presidente da Abecor, Roberto Azevedo, destacou a aproximação da atual diretoria da associação de empresas de corretagem de seguro com a CNseg, a Escola Nacional de Seguros e outras entidades. Também presente à mesa, o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, aproveitou sua fala para ressaltar a pujança do setor de resseguros privado brasileiro, apesar de sua abertura ter ocorrido em tempos relativamente recentes, também lembrando que ainda há muitos espaços a serem ocupados e que a Escola Nacional de Seguros está pronta para colaborar na qualificação de seus profissionais.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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