As ações do IRB Brasil Re registraram queda no pregão de ontem após o jornal Valor Econômico publicar reportagem de que o Banco do Brasil estuda vender sua participação no ressegurador. O controle do IRB é formado pela BB Seguros Participações, Bradesco Seguros, a União, o Itaú e o Fundo de Investimentos em Participações Barcelona.
Depois de fechar em R$ 89,36 no dia 6, os papéis se desvalorizaram no pregão do dia 7, fechando o dia contado a R$ 84,02. Na manhã desta sexta-feira, até as 10h, a ação se recuperava, cotada a R$ 86,49.
A notícia do Valor foi desmentida em nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como destacou a Agência Estado. Em resposta a ofício da CVM questionando teor da reportagem publicada pelo jornal, a Brasil Seguridade diz que “não foi tomada qualquer decisão por parte dos órgãos de administração da holding sobre a venda de participação acionária no capital do IRB Brasil-RE” e que o acionista controlador (Banco do Brasil) lhe respondeu que não há qualquer deliberação de orientar a BB Seguridade nesse sentido. O IRB também publicou posicionamento nesta quinta após o fechamento do mercado, de que não foi informado sobre a intenção do seu acionista BB Seguros em se desfazer total ou parcialmente das ações por ele detidas, conforme reportagem do Valor.
De acordo com a notícia veiculada pelo Valor na quinta-feira, levando em conta o fechamento das ações do IRB na sessão de quarta, a fatia do BB equivale a R$ 4,21 bilhões. Dos 15,2% detidos pelo banco, 13,5% estão vinculadas ao acordo de acionistas. Assim, a BB Seguros tem direito de preferência na compra das ações que são da União. No caso dos papéis da BB Seguros, a ordem de preferência é da União, seguida do FIP Barcelona.
Ainda segundo o Valor, a expectativa é que o BB leve de nove meses a um ano para concluir a operação, uma vez que depende de autorização do Tribunal de Contas da União e da Superintendência de Seguros Privados. No caso do Fgeduc, toda o processo levou cerca de 56 dias.