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O mercado de planos de saúde médico-hospitalares segue registrando tímido crescimento. O total de beneficiários desta modalidade apresentou ligeira variação positiva de 0,1% no comparativo entre outubro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior, o que representa saldo de 34,6 mil vínculos no período. Os dados integram a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), boletim produzido mensalmente pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, alerta que, mais do que comemorar o pequeno avanço do setor ao longo do ano, é importante analisar os números de cancelamentos de vínculos. “Adicionamos novos itens em nossa análise para mostrar um retrato ainda mais fiel do setor”, conta. “Em outubro do ano passado, a quantidade de cancelamentos na variação anual estava acima dos 1,1 milhão. A nova edição do boletim mostra que esse número está próximo de 945 mil. Ou seja, mais do que voltar a firmar novos contratos nessa modalidade da assistência, o setor tem conseguido diminuir a saída de beneficiários”, analisa.
Seguindo como uma tendência recente, o total de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais continua crescendo. “A NAB mostrou que essa é a única faixa etária a apresentar crescimento no período de 12 meses encerrado em outubro passado. O aumento de 167,3 mil beneficiários nesta faixa etária corresponde a um avanço de 2,5%. Esse fenômeno acontece tanto pela mudança de idade quanto por novos vínculos firmados”, completa.
Enquanto o total de beneficiários de planos médico-hospitalares continua praticamente estável, sem grandes variações positivas ou negativas, o segmento de planos exclusivamente odontológicos cresce em ritmo acelerado. Nos 12 meses encerrados em outubro deste ano, o setor registrou mais de 1,7 milhão de novos vínculos, com alta de 7,6%
“Na última edição do boletim, esse mercado superou, pela primeira vez, a marca de 24 milhões”, comemora Carneiro. Ele explica que o avanço do segmento está apoiado no custo de contratação deste tipo de plano, bastante inferior ao dos planos médico-hospitalares, o que permite mais acesso. “Ainda assim, o mercado representa aproximadamente a metade do total de vínculos com planos médico-hospitalares. Isso indica que o nicho ainda tem muito espaço para crescer”, avalia.