Em evento com corretores de seguros, executivo destaca uma gradual retomada do crescimento na região, após a bruta desaceleração ocorrida entre 2014 e 2016
Em recente visita ao Brasil, Thomas Holzheu, economista-chefe do Swiss Re Institute para as Américas, fez uma análise do atual cenário econômico na América Latina. O executivo destacou que o continente está atravessando o final de um processo político que transcorreu ao longo dos últimos 18 meses, no qual prevaleceram líderes conservadores sob o ponto de vista fiscal. Holzheu também apontou uma gradual retomada do crescimento na região, após a bruta desaceleração ocorrida entre 2014 e 2016.
Holzheu, que participou de evento com corretores de seguros, destacou ainda que as condições financeiras na América Latina estão melhorando graças a uma elevação nos preços internacionais de diversas commodities. De acordo com o executivo, a recente renegociação da NAFTA, (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – bloco econômico formado pelos Estados Unidos, Canadá e México) deve ter impacto limitado na região.
“No geral, a política monetária na América Latina é positiva e está sob controle, apesar de algumas exceções. Vale destacar também que as economias da região ainda permanecem muito expostas ao aperto nas políticas monetárias dos países do G7, particularmente os Estados Unidos”, diz Holzheu.
Sobre o Brasil, o executivo destacou o potencial para que o país retome a rota do crescimento no fim de 2019, mesmo com a recente revisão para baixo das previsões de evolução do PIB, Produto Interno Bruto. O executivo também falou sobre a recente alta nos preços ao consumidor e a tendência da inflação. “Pressões cambiais e o alto custo da energia provocaram uma alta na inflação, mas ela ainda está sob controle. Temos observado uma recuperação no consumo das famílias, resultado direto da inflação baixa e de políticas monetárias favoráveis. As recentes tensões políticas e sociais ainda causam incertezas na confiança dos consumidores e empresários, mas há espaço para um crescimento moderado no curto prazo”, avalia Holzheu.
Legenda da foto: Guilherme Lowndes Dale, Sara Pizza, Luciano Calabró Calheiros, Tomas Holzheu, Marina Neufeld Schechner, Silvio Steinberg, Guilherme Perondi Neto