“O Sistema Sanitário Catalão está dando certo e é um exemplo para nós. Com metas e métricas claras e a institucionalização da qualidade, que é fundamental para um bom sistema de saúde. Isso nos traz o otimismo de que com planejamento e organização é possível alcançar melhores resultados. O modelo assistencial tem que mudar. Defendemos a atenção primária à saúde. As operadoras precisam e estão comprometidas com a saúde do beneficiário. É um eterno perseguir de bons resultados”, afirmou Solange Beatriz, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), durante a sua participação na conferência no Fórum Inovação Saúde – FIS 2018, no painel ‘A Experiência da Catalunha na Gestão da Saúde’ juntamente com o diretor geral da Fundação Althaia e ex-presidente da União Catalã de Hospitais, Manel Jovells Cases, e o diretor do Grupo Hospitalar Conceição, José Ricardo Agliardi Silveira.
A Catalunha conta com um sistema público de cobertura universal e um sistema privado paralelo, se baseando na colaboração público-privada (27% da população possuem cobertura dupla). “Posso afirmar que temos os mesmos dilemas de saúde. Estou no setor há mais de 20 anos e hoje estamos mais conscientes, com mais diálogo, franqueza e disposição, em um discurso mais avançado. A constituição Catalã é uma década mais antiga do que a brasileira. Ambas nasceram com a garantia do direito à saúde, mas na Catalunha esse processo foi gradativo. Já no Brasil, a Constituição também previu a abrangência do conceito de saúde e os princípios e a organização do SUS. O SUS é um sistema exemplar, uma conquista brasileira, mas que precisa da Saúde Complementar, que hoje atende mais de 20% da população. O Brasil conta com saúde de primeiro mundo. Precisamos melhorar esse acesso à população”, concluiu a presidente da Federação.
Essa foi a segunda edição do FIS, este ano com o tema ‘O Diálogo na Saúde – Dilemas, Paradoxos e Desafios’. O evento promoveu o debate entre especialistas nacionais e internacionais e apresentou ideias e experiências para o sistema nacional de saúde. Mais de 400 participantes, entre gestores, inovadores e entusiastas do mercado da saúde, reuniram-se para compartilhar tendências, conceitos e conhecimentos que contribuam para a transformação e modernização do setor.
Outro evento aconteceu na semana, o VI Congresso Internacional de Oncologia D’Or, que aconteceu no dia 9 de novembro, no Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro. “Estamos em um momento de intensa discussão sobre os modelos mais eficazes de gestão para que o setor de saúde suplementar garanta a excelência dos serviços prestados, com eficiência e de forma sustentável para todos. A iniciativa da rede D’Or é importante para enriquecer esses debates e, para a SulAmérica, é fundamental estar presente em encontros como este”, avaliou a diretora Técnica e de Relacionamento com Clientes de Saúde e Odonto da companhia, Raquel Giglio, durante sua participação no painel “A visão do financiador, segurador e distribuidor no setor de saúde privado”.
A conversa foi moderada por Bruno Ferreira Blatt, da D’Or Consultoria, e apresentou um panorama sobre as práticas de gestão de saúde necessárias para o equilíbrio do setor. O VI Congresso Internacional de Oncologia D’Or reuniu cerca de 5 mil convidados, entre médicos oncologistas, diretores de hospitais e público multidisciplinar ligado ao setor de saúde. O objetivo do encontro é promover a troca de experiências entre especialistas do mercado a respeito da humanização do tratamento e no bem-estar do paciente, assim como em avanços tecnológicos, diagnóstico e pesquisa em oncologia.