A Porto Seguro divulgou nesta manhã que o lucro líquido de janeiro a setembro deste ano atingiu R$ 924,6 milhões, alta de 11,3% frente aos R$ 830,7 milhões do período de janeiro a setembro de 2017. Excluindo-se os efeitos não recorrentes da venda da participação do IRB (Brasil Resseguros S.A.) no 3o trimestre de 2017, o lucro líquido 23% maior no trimestre e 31% no ano, atingindo R$ 318 milhões e R$ 931 milhões respectivamente.
O ROAE alcançou 18,9% no 3T18 e 18,0% no 9M18. A rentabilidade dos negócios com capital ajustado (sem excesso) e considerando o retorno de investimentos de 100% do CDI seria de 27,7% no 3T18 e de 24,6% no acumulado do ano. “Temos demonstrado resiliência em períodos econômicos mais difíceis e seguimos otimistas diante das oportunidades da indústria de seguros e dos diferentes setores em que atuamos”, informa a empresa em comunicado.
No terceiro trimestre de 2018, o grupo ampliou a rentabilidade em relação ao ano anterior e mantive a consistência apresentada nos últimos trimestres, fruto principalmente da disciplina de precificação, que permitiu uma redução significativa na sinistralidade, informa o comunicado, acrescentando o foco no aumento da eficiência operacional, que proporcionou o menor índice histórico de despesas administrativas e operacionais. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado operacional foi três vezes maior, superando o impacto da redução da taxa de juros nas aplicações financeiras.
A receita total evoluiu impulsionada pelo crescimento do seguro Auto, Saúde e das Operações de Crédito. Por outro lado, os seguros Patrimoniais e de Vida obtiveram menor desempenho de vendas, principalmente devido a uma maior competividade no período.
O Índice Combinado melhorou 4,6 pontos percentuais, decorrente da redução da sinistralidade e de despesas administrativas e operacionais. Os ajustes tarifários iniciados no final de 2016, aliados ao aprimoramento dos modelos de subscrição e a redução nas frequências de riscos levaram a uma queda de 5,3 p.p. na sinistralidade do seguro auto. Além disso, os esforços para ajustar processos e intensificar o uso da tecnologia aumentaram a produtividade, resultando em uma diminuição de 2,1 p.p. no índice D.A + D.O do trimestre (vs. 3T17) e de 1,3 p.p. no acumulado do ano (vs. 9M17).
Nos negócios financeiros, as operações de crédito apresentaram forte crescimento (+25%), com a inadimplência permanecendo abaixo da média de mercado e intensificando a lucratividade do produto. Já no segmento de serviços, a operação da Conecta está sendo encerrada, através do acordo de transferência da carteira de clientes para a operadora TIM, dando continuidade a estratégia de focar em negócios que alcancem diferenciais competitivos.
O resultado das aplicações financeiras (ex-previdência) reduziu no trimestre em função da queda do CDI médio (-30% vs. 3T17). Contudo, alcançamos um bom resultado relativo, superando o benchmark (128% do CDI), em virtude do desempenho dos títulos com juros indexados a inflação e prefixados.