AIG debate diversidade

Release

Pelo segundo ano consecutivo, a AIG, uma das organizações líderes no mercado securitário internacional, promoveu um painel local para discutir a diversidade e inclusão, como parte do DIVE IN – Festival Internacional de Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros. Como patrocinadora global do evento, o painel “Os desafios do recrutamento da diversidade”, que aconteceu na última quarta-feira (26), em São Paulo, foi um dos 28 eventos mundiais que a AIG promoveu durante o festival.

O debate contou com os painelistas convidados Carolina Ignarra, cadeirante há 18 anos e fundadora da Talento Incluir, consultoria de inclusão; Deives Rezende, superintendente de Ética e Ombudsman do Itaú Unibanco; Márcia Rocha, primeira transexual a ter direito ao uso do nome social no Cadastro Nacional dos Advogados da OAB e fundadora da ONG Trasempregos; Patrícia Molino, Líder de Inclusão e Diversidade na KPMG e vencedora da 1ª Edição do Prêmio CEBDS de Liderança Feminina e Igualdade de Gênero; Pedro Jaime, professor do Departamento de Administração do Centro Universitário FEI e autor do livro vencedor do Prêmio Jabuti “Executivos Negros: racismo e diversidade no mundo empresarial”; e Victor Martinez, pedagogo do Serviço de Qualificação e Inclusão da APAE DE SÃO PAULO.

Durante a conversa, os convidados contaram suas histórias de vida, superação e como o recrutamento inclusivo pode colaborar para a quebra do preconceito inconsciente, experiências dos colaboradores em um ambiente diverso e o desenvolvimento da própria empresa. “Precisamos enxergar a inclusão também sob o ponto de vista de negócios. Perspectivas, ideias e experiências diferentes nos trazem outros olhares e, com isso, conseguimos oferecer o melhor para as pessoas e aos nossos clientes”, ressaltou Fábio Oliveira, CEO da AIG Brasil, na abertura do evento.

Ainda no cenário empresarial, Carolina Ignarra falou sobre a importância de empresas selecionarem os funcionários pelo perfil profissional e aptidões e não apenas para preencher cota. “Sempre pergunto às companhias: se um bom funcionário sofresse um acidente, tivesse sequelas e fosse preciso se adaptar a essa deficiência para mantê-lo no trabalho, você o demitiria ou o manteria? Se o manteria, por que não dar a oportunidade para outra pessoa com deficiência, mesmo que ainda não a conheça?”, exemplificou.

Victor Martinez, da APAE DE SÃO PAULO, disse que a rotatividade de profissionais com deficiência intelectual em companhias é baixa e que, muitas vezes, faltam oportunidades não apenas de emprego, mas de capacitação. “Costumamos dizer que a APAE de São Paulo está cada vez mais vazia e isso é muito bom! Acreditamos que a pessoa com deficiência pode se desenvolver nos mesmos ambientes. Precisamos mudar a cultura de olhar o outro com diferença por causa de algum tipo de dificuldade”, explicou.

Segundo o professor da FEI, Pedro Jaime, o problema do racismo é político-institucional. “Um exemplo é que o número de negros ocupando postos de direção no Brasil é muito menor que nos Estados Unidos. Isso se deve ao fato deste país ter implementado ações afirmativas para a inclusão dos negros no mercado de trabalho desde o final de 1960 que resultaram com o fim do sistema de segregação racial. Já o Brasil tem sido visto como uma democracia racial, um paraíso da convivência entre negros e brancos, sendo um país em que não existiria o racismo. Só mais recentemente essa imagem da nação brasileira sofreu abalos e o país passou a adotar políticas de ação afirmativa em favor da população negra”.

Prestes a completar 70 anos no Brasil, a AIG Seguros acredita na importância da inclusão e diversidade em todos os setores. No mundo, a AIG conta com mais de 100 grupos de diversidade e 8.000 funcionários focados nas mais variadas causas inclusivas, como os “Líderes Asiáticos”, “Profissionais Negros na AIG”, “Pessoas com Deficiência e Aliados”, “Profissionais Veteranos de Guerra”, entre outros. No Brasil, as principais iniciativas de diversidade são lideradas pelos grupos WOW (Women @ Work) e Diversitas LGBT & Aliados. Esses grupos, conhecidos como ERGs (Employees Resource Groups), são formados voluntariamente por funcionários e têm o objetivo de promover um ambiente de trabalho mais inclusivo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS