Insurtechs vão ter que investir mais recursos e tempo em proteção de dados

A Kakau Seguros, plataforma de seguros digital, por assinatura, foi convidada para o InsurTech Rising Europe, principal evento sobre insurtechs da Europa, que tem como tema o futuro da indústria de seguros, com a ascensão da transformação digital. O CEO da Kakau Seguros, Henrique Volpi, irá participar do painel “Revolutionising the way insurers gain information from their customers through the use of AI”, que aborda como o uso de Inteligência Artificial está revolucionado o setor, no dia 12 deste mês, às 13h35, em Londres (Inglaterra).

Em julho, a Kakau participou em Londres do lançamento do livro “The Insurtech Book”, que discute a atuação das insurtechs hoje e no futuro, destacando o impactos da transformação digital nas seguradoras. O CEO da Kakau, Henrique Volpi,foi um dos autores. “É uma grande honra participar como palestrante de um evento internacional como esse, que debate a evolução na indústria de seguros. Além, é claro, de mostrar como a Kakau Seguros está contribuindo para isso”, explica o CEO e Co-Fundador da Kakau Seguros, Henrique Volpi.

Além da palestra, Volpi contará um pouco da jornada da Kakau Seguros, desde a criação da plataforma digital, detalhes da inovação de serviços que permitem ao usuário pausar e retomar seu seguro quando quiser, até o uso da assistente virtual, Anna, em uma demo no dia 10 de setembro, às 15h35.

Também se atualizará sobre o impacto das leis de proteção de dados que já está valendo na Europa e que no Brasil entrará em vigor em 2020. “Sempre fui fã de segurança da informação e por isso acho um tema super bacana! Acho também que o mundo acordou para isto por conta do caso da Cambridge Analytica e vai ficar cada vez mais complexo”, disse ele ao blog Sonho Seguro.

Segundo ele, a lei sancionada pelo presidente Michel Temer traz muitas implicações para as seguradoras, que movimentam dados dos clientes. “Eu concordo que ficou muito mais complexo. A grande maioria das “insurtechs” aqui e lá fora são baseadas em dados. Isto vale para que usa IOT, AI/machine learning (o nosso caso) e “big data” de modo geral. Mesmo no caso de blockchain, que em tese é super seguro, a empresa precisa considerar como coleta os dados, se está autorizado e como é feito o envio dos dados para o bloco”, comentou.

Ele disse que aproveitará sua estada em Londres para conversar bastante sobre o tema. “Mas o ponto é que agora a curadoria, ingestão e também o gerenciamento de dados foi para outro patamar. Pessoalmente acho isto tudo muito positivo. Temos que ter muito cuidado com a exposição de dados. Durante a minha carreira de TI eu vi muitas falhas e vazamentos que poderiam ter sido evitados. Acredito que o seguro cyber em parceira com empresas de segurança de TI será um “enforcement’ positivo e educador”, acrescentou.

No campo filosófico, afirma Volpi, os especialistas em tecnologia estão discutindo bastante se é legítimo precificar um serviço (seguro/serviços financeiros) baseado em dados e predições analíticas destes, mesmo que dentro das normas do GDPR e leis locais. “Na prática, as insurtechs vão ter que investir mais recursos e tempo tratando e implantando novas normas e regras por conta da GDPR e as políticas de proteção de dados”, finaliza.

Evento:

InsurTech Rising Europe
Dia: 12 de setembro
Horário do painel: 13h35
Inscrições e Informações: https://finance.knect365.com/insurtech/

Local: Tobacco Dock, Londres
Endereço: Wapping Ln, St Katharine’s &Wapping, London E1W 2SF, Reino Unido

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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