CNseg promove debate sobre prevenção à lavagem de dinheiro, governança, risco e compliance do setor

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Na quinta-feira (20/09), a CNseg – Confederação da Seguradoras – realizou, em São Paulo, o 12° Seminário de Controles Internos e Compliance. Com o tema “Governança e Controles Internos em Seguros: onde estamos e para onde vamos”, o evento reuniu mais de 250 profissionais das áreas de gestão de risco, governança e compliance do mercado segurador brasileiro.

O diretor técnico da CNSeg, Alexandre Leal, antes de iniciar a programação do evento, transmitiu mensagem especial do presidente Marcio Coriolano: “a CNseg tem orgulho de patrocinar este evento. É preciso comemorar os avanços do setor no campo da governança e compliance. Estamos progredindo nas melhores práticas nessa área, o que certamente contribui para a transparéncia, solidez e solvência das seguradoras. Não é por acaso, portanto, que o setor segurador brasileiro atravessou, sem sobressaltos, o período de dificuldades a partir de 2008 e a crise recessiva mais recente. Que tenham todos um excelente evento”.

Na abertura do evento, a importância da governança e compliance para o setor de seguros foi destacada por Alexandre Leal. “Um setor como o nosso, em que a confiança é base da relação, quer seja pelo aspecto da promessa de se pagar uma indenização caso uma determinada situação ocorra, quer seja pelo relacionamento de longo prazo que certos produtos têm como característica, não pode relaxar em relação a esses aspectos”, afirmou.

Participaram da mesa de abertura do Seminário Thiago Barata, coordenador da Coordenação de Monitoramento de Riscos da Susep, que destacou “a busca incansável em atingir o ponto de excelência, estimulando a elevar o padrão”; Simone Negrão, diretora de Governança, Controles Internos e Compliance do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre; e Ângelo Calori, vice-presidente do Instituto dos Profissionais de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo.

Em seguida, Thiago Barata, da Susep, junto com o diretor adjunto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Cesar Brenha, e o diretor de Compliance, Riscos, Atuária e M&A da SulAmérica, Reinaldo Amorim, abordaram o tema “A gestão de riscos integrada aos controles internos e governança corporativa”. Brenha afirmou que ”nos últimos anos mais de 100 operadoras foram liquidadas e em 100% dos casos havia problemas graves de controles internos”.

Em complemento, Assízio Oliveira, que esteve à frente da Comissão de Controles Internos da CNseg por 12 anos e foi homenageado no evento, trouxe a reflexão a respeito da necessidade de rever o papel e atuação do auditor, que sofrerá grandes mudanças com as novas normas que estão prestes a serem instituídas. Para exemplificar, Assízio elencou diversas funções, até então desempenhadas e entendidas como sendo do escopo do auditor, que passarão ser do escopo do compliance. “Estamos preparados para tudo isso? Senão estamos prontos, vamos estudar, vamos atrás”, provocou ele, concluindo com o testemunho de sua própria experiência, que incluiu uma remodelagem profissional a partir do autoconhecimento, que o levou à sua essência que, ao longo do tempo e influências, vai sendo modificada.

No painel “Como uma governança corporativa efetiva contribui na valorização da sua empresa perante o mercado, investidores e consumidores”, a diretora geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Heloísa Bedicks, destacou a evolução da governança corporativa nas últimas duas décadas, desde que o termo foi cunhado pela entidade em 1999.

Concluindo as apresentações do dia, o filósofo Luiz Pondé fez um resumo da ética a partir das três principais vertentes teóricas fazendo uma análise em comparação à têmpera brasileira. “O conceito central para se falar em comportamento ético no Brasil é a cordialidade, que, também é um elogio, mas significa que o brasileiro tem uma tendência à informalidade. Cordialidade, nesse contexto, significa dificuldade de seguir e se comportar de acordo com normas formais prévias”, explicou.

CNseg lança mais dois livretos do Programa de Educação em Seguros

Durante o 12° Seminário de Controles Internos e Compliance, a CNseg também lançou duas novas publicações do Programa de Educação: “Governança, Risco e Compliance (GRC) no Setor de Seguros”, que integra a série “A operação de seguros”, e “Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Combate ao Financiamento do Terrorismo”, primeiro volume da série “Regulação “.

O livreto sobre GRC no mercado segurador traz os avanços e destaca a importância do tema para a sustentabilidade do negócio das empresas, bem como os desafios e benefícios da consolidação do GRC. Já a publicação sobre Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Combate ao Financiamento do Terrorismo, demonstra as ações adotadas pelo mercado segurador para evitar que os produtos oferecidos pelo setor sejam empregados para a prática desses ilícitos.

Com esses dois lançamentos, já somam 12 livretos que fazem parte do Programa Educação em Seguros, e se encontram disponíveis para consulta no portal da CNseg:
http://cnseg.org.br/cnseg/publicacoes/livretos-de-educacao-em-seguros/

O Programa é composto por ações dirigidas a consumidores, poderes executivo, legislativo e judiciário, imprensa e entidades de defesa do consumidor. Seu objetivo é levar conhecimento estruturado e informações qualificadas sobre os seguros à sociedade em geral e fornecer informações a todos para ajudar na tomada de decisões, em relação à proteção de sua saúde e patrimônio, e à formação de pecúlios e renda. Mais informações podem ser obtidas em www.cnseg.org.br.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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