CESVI BRASIL é referência em sustentabilidade em veículos salvados

Com um sistema diferenciado para gerenciamento de resíduos sólidos (GRS) em pátio de veículos salvados, o CESVI Brasil/Mapfre (Centro de Experimentação e Segurança Viária) acaba de vencer o Prêmio AEA de Meio Ambiente, na categoria “Responsabilidade Ambiental”, ficando à frente de projetos apresentados por empresas como Volvo do Brasil e Fiat, segundo e terceiro colocados respectivamente.

O pátio de salvados é o destino de veículos classificados pelas seguradoras como “indenização integral”, quando os prejuízos resultantes de um mesmo sinistro alcançam porcentagem próxima do valor contratado, até irem a leilão. No local, os automóveis passam por uma limpeza, quando são retirados os resíduos, e são preparados para a venda.

Inaugurado em 2015, em Caçapava (SP), o pátio de veículos salvados do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, administrado pelo CESVI, foi todo pensado para atender a requisitos de sustentabilidade, respeitando as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, implantada pela Lei Federal 12.305, e as legislações relativas ao descarte correto de materiais.

“As empresas precisam cada vez mais ser eficientes e estarem atentas ao impacto ambiental de suas atividades. Existem normas e leis que exigem que os detritos provenientes do trato dos veículos salvados sejam gerenciados em todo o processo e, para termos controle absoluto de todas as etapas, criamos um SGR (Sistema de gerenciamento de Resíduos), que se tornou referência no mercado”, afirma Emerson Feliciano, superintendente técnico do CESVI Brasil/Mapfre.

Quando o veículo chega ao pátio, ele é vistoriado e limpo, antes de ir para estoque. A infraestrutura do local conta com área específica para armazenagem dos resíduos retirados, que são classificados em dois tipos: perigosos – como materiais infectantes, óleo lubrificante, pilhas e baterias, lâmpadas e sucatas eletrônicas – e não-perigosos – que pode ser, por exemplo, metais, plásticos, vidros, papeis e papelões.

Todos os 60 colaboradores – diretos e terceiros – que atuam no Pátio de Salvados são capacitados sobre gestão e descarte correto de materiais, além de receberem constantes atualizações sobre o tema.

Um software faz a leitura do cenário e aponta a legislação aplicável, além de quais ações deverão ser tomadas. O recurso tecnológico foi adotado para facilitar o sistema de gestão ambiental, que precisa de agilidade para acompanhar as mudanças na lei e ajustar processos. Os resíduos recolhidos são, então, acondicionados de forma a evitar riscos de contaminação ou acidentes.

Depois disso, são coletados por empresas licenciadas. Todo o processo é acompanhado de perto pelo CESVI para garantir que esses materiais não acabem em lixões ou contaminando solos ou lençóis freáticos, por exemplo. “Em muitos casos, é possível reaproveitar ou reciclar os componentes”, afirma Feliciano.

Desde que o sistema foi implantado, o trabalho de gerenciamento de resíduos tem apresentado resultados positivos. Para se ter ideia, de maio de 2017 a abril deste ano, 118 toneladas de materiais foram descartadas de forma correta, sendo 99 toneladas direcionadas à reciclagem, e 1,3 mil litros de combustíveis (etanol e gasolina) foram retirados dos veículos e reaproveitados.

A partir do sucesso do projeto, o CESVI desenvolveu um manual interno de gerenciamento de resíduos para orientar os colaboradores do pátio de veículos salvados sobre os requisitos legais, as orientações e as boas práticas do mercado.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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