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A consultora e corretora Willis Towers Watson acaba de divulgar pesquisa Benefits Trend Survey, uma projeção da visão do empregador versus empregado em relação aos benefícios até 2019. O estudo revela que 80% das companhias brasileiras acreditam que os custos dos benefícios são uma fonte de preocupação. Em relação à América Latina, as companhias brasileiras parecem mais pessimistas quanto aos custos. Ao menos 84% delas afirmam que até 2020 o aumento do custo do benefício será um desafio, contra 68% na América Latina. O estudo entrevistou 1.103 instituições na América Latina, sendo 356 companhias brasileiras.
Suporte financeiro insuficiente para fazer as mudanças necessárias e o impacto das mudanças regulatórias são os desafios que aparecem na sequência, respectivamente com 57% e 39%.
Quando questionadas sobe quais as alternativas para gerenciar recursos, 85% das companhias falam de redesenhar os benefícios, enquanto 84% acreditam que é necessário melhorar o comportamento dos empregados em relação ao seu pacote de benefícios.
Para Renné Ballo, Consultor de Saúde e Benefícios, o crescimento do custo dos benefícios pode ser considerado um dos grandes desafios para as empresas nos próximos anos. “O clima da organização potencializa o resultado, porém as empresas estão atentas em relação aos sinistros gerados pela assistência médica”.
Flexibilização dos benefícios – Quando se trata da flexibilização dos benefícios, o estudo apontou que 53% dos funcionários avaliam que o seu atual pacote de benefícios não é o ideal enquanto 66% dos empregadores acreditam que a medida promoveria a compreensão/valorização dos benefícios, pois os funcionários saberiam a quantia disposta pela empresa e promoveria uma gestão mais transparente. Entretanto, o especialista da Willis Towers Watson afirma que há diferença entre ser flexível nos benefícios e adotar uma política de benefícios flexíveis tal como se conhece hoje, que pode gerar mais ônus ainda às empresas.
De acordo com Felinto Sernache, líder de Consultoria e Soluções em Previdência para a América Latina, um dos obstáculos para o crescimento do programa de benefícios é o fato dos funcionários terem medo de se exporem como parte de grupos de riscos. “Há muito receio por parte dos funcionários, que temem perder seus empregos caso sejam vistos como potenciais usuários de assistência médica em excesso, por exemplo”.