Até julho, mais de 26 mil indenizações pagas por acidentes envolvendo morte, informa DPVAT

Estatísticas tristes sobre mortes e acidentes são apresentadas na Semana Nacional de Trânsito, comemorada anualmente entre os dias 18 e 25 de setembro. Os números apresentados pelo seguro DPVAT mostram que é preciso investir muito em conscientização dos motoristas e pedestres. Nos oito primeiros meses do ano, foram mais de 216.023 mil indenizações pagas, sendo 26.032 mil destinadas a acidentes envolvendo morte.

A base estatística da Seguradora Líder mostra que, nos últimos dois anos, mais de 560 mil acidentes foram indenizados. Os números mostram que os jovens de 18 a 34 anos são as maiores vítimas do trânsito brasileiro, representando 49% do total dos acidentes indenizados ocorridos em 2017. Os casos de Invalidez Permanente representaram a maioria dos acidentes indenizados no ano passado (68%). Os acidentes fatais indenizados registraram redução de 13% em relação ao mesmo período de 2016 e sua participação foi menor na quantidade de ocorrências em relação às demais coberturas (12%).

Entre as mortes e vítimas com sequelas permanentes, a maioria (70%) eram condutores de veículos, principalmente motociclistas. Os pedestres ficaram em segundo lugar nos acidentes fatais ocorridos e indenizados no período (22%), porém, nos acidentes envolvendo invalidez permanente e reembolso de despesas médico-hospitalares, os passageiros representaram a segunda maior parcela de ocorrências, com 15% e 16%, respectivamente.

Todos os anos, o Conselho Nacional do Trânsito (CONTRAN) define um tema a ser trabalhado pelos órgãos do Sistema Nacional do Trânsito e pela comunidade. Criada com a finalidade de conscientizar a sociedade sobre os cuidados básicos que todos os personagens do trânsito – motoristas, passageiros ou pedestres – devem ter, o tema escolhido neste ano foi “Nós somos o trânsito”.

Nas ruas e rodovias, cada condutor e pedestre têm responsabilidade com a própria vida e a dos outros e, juntos, todos podem contribuir para reduzir infrações, acidentes e mortalidade nas estradas e vias. Atualmente, o uso com do celular tem sido uma das causas de muitos acidentes. Evite por consciência de que direção e celular não combinam.

Mas se você é daqueles que precisa de um estímulo a mais para cumprir a lei, saiba que a legislação federal define que a multa para quem fala ao celular enquanto dirige é gravíssima. O Código de Trânsito Brasileiro permite o uso do dispositivo apenas quando o veículo estiver estacionado, com o motor desligado, ou na função GPS, desde que esteja fixado no para-brisa ou no painel dianteiro, em suporte adequado.

O mesmo acontece com bebida alcoólica. Não combinam com direção. Os condutores que dirigirem embriagados ou se recusarem a fazer o teste do bafômetro pagarão multa de quase R$ 3 mil, além de ter a carteira suspensa por um ano.

Vale também ressaltar o uso do cinto de segurança. Ele não permite, em caso de colisão do automóvel, que o passageiro seja jogado para fora do veículo ou bata com a cabeça em ambientes internos do automóvel. Isso reduz tanto a gravidade dos acidentes quanto a ocorrência de ferimentos.

Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) mostram que para um carro bater num objeto fixo a uma velocidade de 60km/h, equivale a cair de um prédio de quatro andares (em altura de aproximadamente 14 metros). Mesmo que o veículo esteja em velocidade de 20km/h, o impacto sob um objeto fixo resulta numa força superior a 15 vezes o peso da pessoa.

E lembre-se: isso vale para os passageiros sentados no banco traseiro!!!!

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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