A Caixa Seguridade fechou novo acordo com os franceses da CNP Assurances, que pagarão 4,65 bilhões de reais para poder vender produtos das áreas de vida, prestamista e previdência até 2041 nas agências da Caixa Econômica Federal, informou a Reuters.
Na prática, a Caixa Seguridade renova em novas bases um antigo acordo que tem com a CNP Assurances e que vence em 2021. Um impasse na longa negociação entre os sócios para renovação foi um dos motivos que levaram a Caixa Seguridade a desistir de listar suas ações na bolsa paulista no ano passado.
Na nova joint venture, batizada de Caixa Seguros Holding, a Caixa Seguridade terá 60 por cento do capital, mas apenas 49 por cento das ações ordinárias, enquanto a CNP terá 40 por cento do capital, mas 51 por cento das ações votantes.
A atual parceria será mantida e a Caixa Seguridade e suas subsidiárias poderão trabalhar no mercado fora do balcão do banco, atuado com novas marcas distintas da Caixa.
A CNP aceitou abrir mão da exclusividade dos ramos logo que a Caixa Seguridade encontrar novos parceiros, o que a empresa brasileira afirma esperar acontecer até dezembro. Os ramos são seguros habitacional, auto, riscos patrimoniais e consórcios.
A Caixa Seguridade também estendeu uma parceria de exclusividade na corretagem com a Wiz até fevereiro de 2021, com as mesmas métricas de comissão atuais. Finalizado este prazo, a Caixa Seguridade abrirá concorrência para escolher um prestador de serviços de corretagem.
O Valor informou que em relação aos novos parceiros para os ramos habitacional, automóveis e riscos patrimoniais e diversos, além de consórcios, a Caixa Seguridade terá uma participação total de 60% na nova joint venture, sendo que controlará 49% das ações ordinárias. A CNP ficará com os 40% restantes do capital total, mas 51% das ordinárias.
O novo parceiro precisa ter operações relevantes no Brasil ou globalmente, em pelo menos uma das linhas em que a empresa brasileira opera. No caso de companhias estrangeiras, o valor de mercado (ou patrimônio líquido, no caso de empresa de capital fechado) precisa ser maior do que US$ 1,5 bilhão. Para empresas brasileiras essa exigência cai para US$ 300 milhões. A Caixa Seguridade diz que pode descontinuar conversas com os potenciais parceiros que tenham operações de “bancassurance” no Brasil, se entender que existe risco deles aliciarem clientes após ter acesso a sua base de dados.