Agência Brasil
O número de indenizações pagas por morte no trânsito pelo Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Seguro Dpvat) cresceu 23% em 2017, correspondendo a 41.151 indenizações. Em relação aos casos de morte, o destaque fica com São Paulo que está no topo da lista dos estados com maior número de sinistros pelo segundo ano consecutivo, seguido por Minas Gerais e Ceará. Os dados foram divulgados pela Seguradora Líder, administradora do Seguro Dpvat.
Segundo a Seguradora Líder, no ano passado, mais de 380 mil indenizações foram pagas nos três tipos de cobertura oferecidas pelo Dpvat: morte, invalidez permanente e despesas médicas. O número é, aproximadamente, 12% menor do que o registrado em 2016, com cerca de 430 mil indenizações pagas. Na modalidade de invalidez permanente, os dados apontam queda de 18% em comparação com o ano anterior.
Em relação ao perfil das vítimas, os homens representam 75% das indenizações pagas por acidentes no país. A faixa etária entre 18 e 34 anos concentra 49% das indenizações pagas.
Motocicletas
De acordo com o relatório, três em cada quatro indenizações do Seguro Dpvat estão relacionadas a motocicletas. Apesar de representarem 27% da frota nacional, as motos são responsáveis pelo maior número de acidentes e de vítimas, acumulando 285.662 sinistros ou 74% das indenizações pagas em 2017.
Em alguns estados, segundo a Seguradora Líder, o número de vítimas de acidentes com motocicletas chega a ser dez vezes maior do que o registrado com carros, como é o caso do Ceará. Oitenta e oito por cento das indenizações por morte em acidentes com motocicletas foram para vítimas do sexo masculino. No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas permanentes, 79% das indenizações também foram para homens.
Outro dado apresentado pelo relatório é em relação ao combate a fraudes. No ano passado, foram evitadas perdas de R$ 222,9 milhões referentes a 17.550 tentativas comprovadas de fraudar o Seguro Dpvat para recebimento de indenizações. O montante de fraudes evitadas no ano passado é 85% superior ao identificado em 2016 (R$120,2 milhões).