RELEASE
A JLT Resseguros divulgou essa semana mais uma edição do JLT Re Viewpoint. Dessa vez, o estudo avalia o impacto das recentes catástrofes naturais, sobretudo nos Estados Unidos e Caribe, no mercado de resseguros mundial.
Mostra que diferente do que aconteceu após os ataques de 11 de setembro e a passagem do furacão Wilma, os furacões Harvey, Irma e Maria não representam uma ameaça para o mercado. “Apesar dos sinistros na ordem de US $ 100 bilhões, depois de consumir lucros e reservas esse custo não atingirá de forma significativa o excesso de capital das resseguradoras, que, na média informada, está abaixo de 8%”, afirma o vice-presidente da JLT Brasil Resseguros, Pedro Farme.
De acordo com o executivo, o relatório aponta que durante a temporada de furacões de 2017, o capital do setor estava em níveis recordes, perto de US$ 330 bilhões. O estudo estima que isso se traduz em uma posição de capital excedente de aproximadamente US$ 60 bilhões, com mais de US$ 20 bilhões adicionais provenientes de prêmios de catástrofe. “Até agora as perdas se comportaram dentro das expectativas modeladas. Isso não quer dizer que as consequências não serão sentidas. Os investidores de resseguradores e de títulos vinculados a seguros (ILS) estão no mercado por uma parcela substancial desse total. É provável que as retrocessárias sofram perdas particularmente significativas, uma vez que várias resseguradoras aproveitaram as condições competitivas do mercado para obter proteção mais ampla ou adicional nos últimos anos”, complementa.
Diante desse cenário, as expectativas em direção à renovação de 1º de janeiro foram reajustadas. Pela primeira vez desde 2012, observa-se um aumento de preço com uma expectativa das retrocessões mundiais subirem acima de 20%, numa média combinada. Os principais contratos sem sinistros, devem subir na ordem de 5% a 7% e essa cadeia vai seguir para os programas de resseguro.
“Apesar do mercado nacional estar inserido nesse cenário, a tendência é que os resseguradores aumentem as exposições no Brasil, um país que por não estar em área de catástrofes deve receber mais capital. As resseguradoras vão buscar equilibrar os portfólios”, conclui o executivo.