A Porto Seguro registrou avanço de 3%, para R$ 4,3 bilhões, nas vendas do terceiro trimestre e de 2% no acumulado do ano, para R$ 12,5 bilhões. No seguro de automóvel, o crescimento de prêmios consolidado de 3% no 3T17, para R$ 2,4 bilhões, favorecido pelos reajustes de preços, enquanto o número de veículos segurados foi reduzido em 5%, impactado pela maior competitividade e menor demanda, totalizando 5.317 bens. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de seguro de carro totalizaram R$ 7 bilhões, alta de 1,4%.
O lucro líquido atingiu R$ 385 milhões no 3T17, correspondendo a um aumento de 88% em relação ao mesmo período do ano anterior e o ROAE alcançou 23,5%. No 9M17, o lucro líquido atingiu R$ 839 milhões, com um aumento de 35% e o ROAE atingiu 17,2%.
No trimestre o resultado foi favorecido pela venda da participação do IRB Brasil Re no valor líquido de R$ 126 milhões. Desconsiderando esse efeito e igualando a base tributária dos períodos (houve benefício fiscal no 2T17 devido a mudança no cronograma de crédito de JCP1), o lucro trimestral seria 27% maior e o lucro acumulado aumentaria em 5% (2017 x 2016).
Segundo o grupo, o mercado já mostra sinais de recuperação, com um aumento nas vendas dos veículos novos em 8% (fonte: Anfavea – acumulado até setembro vs. 2016). Nos outros seguros, os prêmios dos produtos de Saúde, Odontológico, Vida e Transporte apresentaram crescimento de mais de 10% no trimestre.
O índice combinado de seguros reduziu 1,5 p.p. no 3T17, atingindo 96,4%, devido ao decréscimo da sinistralidade em 1,7 p.p., principalmente no seguro de auto das marcas Azul e Itaú, em decorrência dos reajustes de preços realizados. Também, no segmento patrimonial, a sinistralidade foi menor, beneficiada pela baixa incidência de eventos climáticos. Por último, o índice consolidado de despesas administrativas e outras despesas/receitas operacionais permaneceu estável no trimestre.
As receitas das empresas Financeiras e de Serviços subiram 10% no terceiro trimestre, intensificadas essencialmente pela expansão dos negócios de Cartão de Crédito, Financiamento e Telefonia Móvel. O indicador de inadimplência das operações de crédito (> 90 dias) encerrou o trimestre em 4,9%, permanecendo 1,9 p.p. melhor em relação média de mercado.
O resultado financeiro sem considerar a venda das ações do IRB apresentou uma leve redução de 4% no trimestre (vs 3T2016), em consequência da queda do CDI médio em 35%. Contudo, as aplicações financeiras superaram o benchmarking, basicamente devido ao desempenho dos ativos de renda variável e posições atreladas a juros. A rentabilidade trimestral da carteira (ex. previdência) foi de 3,0% (134% do CDI) e de 8,8% (109% do CDI) nos nove primeiros meses do ano.