IPO do IRB pode movimentar até R$ 2,9 bi com lotes adicionais

O IRB Brasil RE, maior resseguradora brasileira, registrou nesta sexta-feira um plano para uma oferta pública inicial de ações. Acionistas, incluindo Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, BB Seguros Participações, Bradesco Seguros e Itaú Seguros venderão parte de suas participações no IRB na oferta, de acordo com prospecto publicado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O prospecto preliminar do IPO sinaliza o intervalo de preço por ação de R$ 27,24 a R$ 33,65. Ao considerar o preço médio dessa faixa, em R$ 30,45, a operação pode movimentar R$ 1,95 bilhão, informa reportagem publicada pelo Valor Econômico. No teto do preço indicado e com a eventual colocação dos lotes adicional e suplementar, poderia girar até R$ 2,9 bilhões.

Após o IPO, as ações em circulação podem chegar a 34,17% do total com a colocação dos lotes extras, informa o Valor. Todos os acionistas da resseguradora IRB, com exceção da União, venderão papéis na oferta inicial de ações. Itaú Seguros, Itaú Vida, Bradesco Seguros, FIP Caixa Barcelona e o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) vão alienar uma fatia de sua participação na empresa. O maior acionista vendedor é o FGEDUC, que pode levantar entre R$ 570 milhões e R$ 1 bilhão com a transação, de acordo com informações do prospecto.

Atualmente, o FGEDUC tem uma fatia de 15,76% do IRB, posição que pode cair para até 5,17%. A BB Seguros, que tem 20,43% do IRB, pode encolher sua participação para 15,23%. A Bradesco Seguros, que também detém 20,43%, manterá percentual igual ao da BB Seguros. O Itaú, que detém via Itaú Seguros e Itaú Vida 14,94%, ficará com uma posição entre 11,64% e 11,14%. Já o fundo de investimentos em participações Caixa Barcelona, que possui 9,84%, poderá ficar com uma fatia entre 7,64% e 6,95%.

O banco de investimentos do Bradesco será o coordenador da oferta, junto ao Banco do Brasil, ao Itaú Unibando e JPMorgan Chase. Também participam BTG Pactual, Bank of America e Banco Brasil Plural.

Balanço – O IRB registrou no primeiro trimestre um lucro líquido de R$ 222,7 milhões, avanço de 4,9% na comparação com o ano anterior. Os prêmios emitidos subiram 14,8% na mesma base de comparação, passando para R$ 1,34 bilhão. O valor foi puxado pela alta de 62,6% nos prêmios emitidos no exterior, que saltou de R$ 286,7 milhões para R$ 466,3 milhões.

Os sinistros retidos caíram 16,9% no trimestre, para R$ 473,8 milhões, reflexo da melhora da gestão de regulação de sinistros e do aumento dos contratos de proteção efetuados no período, segundo o IRB. o índice de sinistralidade do trimestre ficou em 53,8%, em comparação aos 63,6% registrados no trimestre inicial de 2016, uma redução de dez pontos percentuais.

A receita financeira líquida da resseguradora recuou 15,7%, para R$ 205,4 milhões, reflexo do cenário de redução das taxas de juros que comparativamente, saiu de 14,13% ao ano no primeiro trimestre de 2016 para 12,93% ao ano em março. A carteira de investimentos totalizava aproximadamente R$ 6,1 bilhões, com um desempenho equivalente a 127% do CDI.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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